11/11/2018

O saudoso Córrego Arapongas
Olhei para o passado e vi o velho rio de minha infância. Agora só o silêncio e as lembranças relembram meus amigos de infância que em um tempo remoto também passaram por ali. Alguns todos os dias outros somente nas férias escolares. Após tantos anos ainda lembro-me dos cardumes de peixe, do calor que era amenizado em mergulhos em suas águas cristalinas, da vida que seguia feito suas águas, da seca que muitas vezes sem trégua quase o levava a morte, do ressurgimento vigoroso e caudaloso onde por muitas vezes transbordavam sobre a relva que ladeavam suas margens. Córrego Arapongas que tantas vezes acolhia-nos como hospedes privilégiados, longe do mar porém no dia a dia levava um pouco dele, e a nós concedeu a lição da despedida lenta e profunda de quem morre dia a dia. Creio que através da escrita torna-se impossível relatar a saudade infinita que sinto de minha Penápolis querida e de tantos amigos que para longe voaram e voou tão alto que muitos nunca mais retornaram...

Virgílio Melhado Passoni, Jandaia do Sul/PR, por e-mail