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ARTIGOS

28/10/2025

Música Sertaneja: Ferreirinha

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Olá amigos amantes da música sertaneja, vamos contando um pouquinho da história da nossa música caipira e suas curiosidades.
O cantor e compositor Carreirinho (Adauto Ezequiel), em uma viagem de trem nos anos de 1940, no trajeto de São Paulo a Botucatu, sentou-se ao lado de um peão que lhe contou a história.
Carreirinho assim que chegou ao seu destino, de pronto já escreveu a do moda-de-viola gravada em seu primeiro disco no ano de 1950, junto ao seu parceiro Zé Carreiro.
Depois do sucesso dessa música, gravado por vários artistas do gênero, mais de 20 outras canções deram continuidade a história, dita como verídica e lendária. 
Ao lado a letra da moda.
Amigos, semana que vem tem mais curiosidades e histórias da música sertaneja grande abraço.

CONFIRA A LETRA:

Eu tinha um companheiro por nome de Ferreirinha
Nós lidava com boiada desde de nós dois rapazinhos
Fomos buscar um boi bravo no campo do espraiadinho
Eram vinte e oito quilômetros da cidade de Pardinho
Nós chegamos no tal campo cada um seguiu prum lado
Ferreirinha foi num potro redomão muito cismado
Já era de tardezinha e eu já estava bem cansado
Não encontrava o Ferreirinha e nem o tal boi arribado
Naquilo avistei o potro que vinha vindo assustado
Sem arreio e sem ninguém fui ver o que tinha se dado
Encontrei o Ferreirinha numa restinga deitado
Tinha caído do potro e andou pro campo arrastado
Quando avistei Ferreirinha meu coração se desfez
Eu rolei do meu cavalo com tamanha rapidez
Chamava ele por nome chamei duas ou três vezes
E notei que estava morto pela sua palidez
Pra deixar meu companheiro é coisa que eu não fazia
Deixar naquele deserto alguma onça comia
Estava ali só eu e ele Deus em nossa companhia
Veio muitos pensamentos só um é que resolvia
Pra levar meu companheiro veja quanto eu padeci
Amarrei ele pro peito numa árvore suspendi
Cheguei meu cavalo em baixo e na garupa desci
E com cabo do cabresto eu amarrei ele ne mim
Saí praquela estrada tão triste tão amolado
Era um frio do mês de junho seu corpo estava gelado
Já era uma meia noite quando eu cheguei no povoado
Deixei na porta da igreja e fui chamar o delegado
A morte deste rapaz mais do que eu ninguém sentiu
Deixei de lidar com gado minha inclinação sumiu
Quando lembro essa passagem franqueza me dá arrepio
Parece que a friagem das costas ainda não saiu.

(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 500 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 04h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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