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27/09/2025

O físico e o metafísico (tese e antítese) - parte 2 de 2

Imagem/Arquivo Pessoal
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A religião, nesse contexto, funciona como instrumento de acesso ao Divino, não uma prisão, cada qual delas, com seus conceitos doutrinários, livros e textos sagrados. Percebe-se que quando Nietzsche afirma que Jesus foi o “único cristão”, ele, a contrário senso, reafirma a importância de Cristo para a humanidade, além de apontar a distorção pelos homens dos seus ensinamentos (que, por exclusão, não seriam cristãos pelo desvio da doutrina do Cristo). A pregação de amor incondicional ao próximo (conceito no sentido de com quem convivemos, por isso próximo) por Jesus, a sua ética, o seu acolhimento aos marginalizados pela sociedade de então, tudo isso fez (e faz) dele uma pessoa ou ser singular sob o aspecto histórico, tanto que se dividiu a história, em antes e depois dele. Agir como Jesus, acreditar nele ou no “seu Deus”, ou mesmo seguir suas ideias e ensinamentos, não pode, portanto, ser considerado “anti-saúde mental”. Ao contrário, fazer o bem ao próximo e agir com ética nos mantêm emocionalmente equilibrados e felizes, salvo para psicopatas. A existência de fé, por si, também pode ser favorável ao equilíbrio mental, e não uma forma de alienação coletiva (como sustenta Freud). Sob outra perspectiva, ainda, se a tese desses pensadores é a de que a fé, por si, é uma alienação mental, ou mesmo um malefício à mente (anti-saúde), vejo nela (tese) a manifestação formalizada de um “ateísmo intolerante”. A discussão neste ponto é se a fé, tão somente por ser o que é (crença no Divino), possa consistir num “mal” à saúde mental. Falando um pouco mais sobre Jesus, o Cristo, considerado o “filho de Deus”, em conformidade com a religião judaico-cristã, a sua divindade está alicerçada não só nos fundamentos referidos, mas, também, na realização de milagres relatados na Bíblia, que a ciência não explica, além de sua ressureição. Jesus era singular, também, na sua forma de oratória e no seu conteúdo, pois falava com as pessoas simples através de parábolas, estrategicamente, para que seus opositores não entendessem tais mensagens. Jesus, conforme a Bíblia, tratava todas as pessoas da mesma forma, sem distinção de qualquer natureza, o que era inusitado à época, em razão do sistema de castas existente. A pregação de amor ao próximo por Jesus e a sua afirmação (revelação) da existência de um reino metafísico, com um Criador, a quem chamou de “Pai”, deram alicerce à Bíblia e ao cristianismo, com a crença num Deus único, em contraposição ao politeísmo greco-romano da época. Essa revolução de ideias e de crença, por contrariar não só a fé dos romanos (e gregos), como também os costumes da época, levou Jesus injustamente à morte por crucificação. Jesus foi, enfim, um revolucionário do bem, em todos os sentidos. Sobre a existência do Jesus “histórico”, até mesmo a arqueologia a reconhece, através de provas; ou seja, Jesus realmente existiu. Existem evidências indiretas disso, como o surgimento de comunidades cristãs antigas, lugares de culto, contexto geográfico etc. Registro, por fim, que a finalidade da elaboração deste texto (durante uma insônia) foi a de fomentar a reflexão sobre o físico e o metafísico, sem a pretensão de estabelecer “verdades”, estando ele, portanto, sujeito a críticas, complementações e contestações.

(*) Adelmo Pinho é promotor de Justiça do Tribunal do Júri em Araçatuba/SP. Este articulista escreve periodicamente para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: adelmopinho@terra.com.br

Adelmo Pinho (*)



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