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ARTIGOS
24/08/2025
Guarda dos filhos: como escolher o melhor modelo para a família

A separação de um casal nunca é simples, mas quando existem filhos, as decisões se tornam ainda mais delicadas e exigem cuidado redobrado. Entre elas, a definição da guarda é uma das mais importantes, pois interfere diretamente na rotina, no desenvolvimento emocional e até mesmo no futuro da criança. Nesse momento, é essencial lembrar que o que deve prevalecer não é a vontade dos adultos, mas sim o melhor interesse do filho, que precisa de estabilidade, segurança e afeto para crescer de forma saudável.
No Brasil, a legislação prevê dois principais tipos de guarda: a unilateral e a compartilhada. A guarda unilateral é aquela em que apenas um dos pais assume a responsabilidade principal pelas decisões do dia a dia da criança, ficando o outro com o direito de visitas e a obrigação de contribuir financeiramente. Esse modelo geralmente é aplicado em situações em que não há condições de diálogo, quando um dos genitores não tem disponibilidade ou quando o ambiente oferecido não é adequado para garantir o bem-estar do filho. Já a guarda compartilhada, que é cada vez mais estimulada pelo Poder Judiciário, permite que pai e mãe participem juntos das decisões mais importantes da vida da criança, ainda que ela resida com apenas um deles. Esse formato busca equilibrar a convivência, manter vínculos afetivos sólidos e evitar que um dos genitores seja afastado da criação dos filhos.
A escolha entre uma modalidade e outra depende muito da realidade de cada família. É preciso analisar a rotina da criança, a proximidade das residências, a disponibilidade de tempo de cada genitor, o apoio da família extensa, como avós e tios, e, principalmente, a capacidade de diálogo e cooperação entre os pais. Mais importante do que a decisão no papel é a forma como ela será exercida na prática. Uma guarda compartilhada só cumpre sua função se for acompanhada de respeito, diálogo e responsabilidade. Caso contrário, pode se transformar em um cenário de disputas e desgastes que afetam diretamente o emocional da criança.
Separar-se como casal não significa deixar de ser pai ou mãe. O vínculo parental permanece e exige dos adultos maturidade para compreender que, mesmo diante do fim de uma relação amorosa, a responsabilidade de educar, proteger e oferecer afeto ao filho continua sendo de ambos. Crianças e adolescentes que percebem o esforço dos pais em manter um ambiente equilibrado e respeitoso costumam atravessar esse período de mudanças de forma muito mais segura e saudável.
Quando não há consenso, a definição da guarda cabe ao juiz, que poderá ouvir testemunhas, determinar estudos psicossociais e analisar cuidadosamente a realidade familiar antes de tomar uma decisão. Em qualquer circunstância, a palavra final deve sempre observar aquilo que mais protege a criança, pois a guarda não é um prêmio concedido a um dos pais nem um castigo imposto ao outro, mas sim um dever que deve ser exercido em benefício de quem realmente importa: o filho.
Mais do que discutir quem terá a guarda, o grande desafio é refletir sobre como cada pai e cada mãe pode contribuir para que a criança tenha uma infância feliz, estável e cercada de amor. Afinal, filhos não precisam de vencedores em uma disputa, mas de pais presentes, conscientes e comprometidos com sua felicidade.
(*) Drª Ana Carolina Consoni Chiareto, advogada especializada em causas trabalhistas, cíveis, criminais e previdenciárias
Ana Carolina Chiareto (*)
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