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ARTIGOS

22/07/2025

Música Sertaneja: Léo Canhoto e Robertinho

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Amigo amante da música sertaneja hoje você vai conhecer um pouco “Dos Hippies da Música Sertaneja” Léo Canhoto e Robertinho, agradecendo mais uma vez a pesquisadora Sandra Peripato.
Leonildo Sachi, o Léo Canhoto, nasceu em Anhumas, no interior de São Paulo, no dia 27 de abril de 1936. José Simão Alves, o Robertinho, nasceu em Água Limpa, Goiás, no dia 09 de fevereiro de 1952. 
O nome artístico com o qual Leonildo ficou conhecido foi devido ao fato dele realmente ser canhoto.
José Simão Alves, por sua vez, se batizou artisticamente como “Robertinho” em homenagem a seu grande ídolo Roberto Carlos. 
E foi numa viagem a Goiânia que os dois se conheceram. Robertinho, era fã de Léo Canhoto como compositor, foi a um Hotel para conhecê-lo e, por intermédio do acordeonista Nhozinho, foi a ele apresentado. Léo Canhoto, por sua vez, ouvindo Robertinho cantar, gostou bastante da sua voz e, após cantarem juntos algumas músicas, decidiram formar a nova dupla. 
Robertinho não hesitou em se mudar de imediato para a São Paulo, onde, de início, morou durante dois anos na mesma residência de Léo Canhoto. Antes da gravação do primeiro LP, Léo Canhoto e Robertinho tiveram que fazer diversos “bicos”, acompanhando outras duplas, fazendo portaria nos circos, vendendo livros e, sempre que surgia alguma oportunidade, faziam algumas pequenas apresentações nos respectivos locais. 
A nova dupla iniciou então uma verdadeira revolução no panorama da música sertaneja de um modo geral.  
No ano de 1969, Léo Canhoto e Robertinho aproveitando a janela  aberta pela Jovem Guarda mostraram pela primeira vez ao público sertanejo o característico visual que misturava o sertanejo com o country americano, além de misturar também o boiadeiro com o rockeiro. 
O primeiro disco foi gravado no mesmo ano pela RCA Víctor, contendo dentre outras músicas, um de seus maiores sucessos, que foi o corrido “Apartamento 37” de autoria de Léo Canhoto. Em 1972, Léo Canhoto e Robertinho ganharam um Disco de Ouro com o sucesso de “Apartamento 37”, tendo sido a primeira dupla sertaneja a conquistar tal prêmio no Brasil. 
Algumas boas duplas sertanejas como Tibagi e Miltinho e Belmonte e Amaraí já haviam iniciado uma inovação na música caipira, com a inclusão de orquestras, trompetes e guitarras elétricas nos arranjos, além de terem incluído no repertório ritmos latinos tais como boleros, guarânias e rancheiras, além dos trajes típicos mexicanos, tão bem utilizados por Pedro Bento e Zé da Estrada. 
Léo Canhoto e Robertinho gravaram 15 LPs na RCA, os quais foram produzidos pelo ex-rockeiro Tony Campelo, que também produziu uma infinidade de discos de Sérgio Reis. Foi por sinal na mesma gravadora que surgiu o repertório inovador com músicas que tinham até mesmo clichês inspirados por filmes de bang-bang, que estavam na moda na década de 1970, com direito inclusive aos tão característicos diálogos entre mocinho e bandido e efeitos sonoros diversos como tiros de revólver. 
A dupla se desfazendo em 1983. Léo Canhoto se queixava pelo fato das emissoras de TV darem espaço para a música country americana e deixar de lado o novo caipira brasileiro que eles cultivavam. Apesar das inovações Léo Canhoto e Robertinho jamais conseguiram chegar aos horários nobres do Rádio e da TV. 
A dupla chegou a se unir novamente no ano de 1989, no entanto, sem obter o sucesso anterior.
Entre 1983 e 1989, Robertinho chegou a formar uma dupla com o acordeonista João Silvestre da Silva, o João Roberto, natural de Dourados, Mato Grosso do Sul e que possuía antes o nome artístico de Centavo (quando integrava o trio “Cruzeiro, Tostão e Centavo”. A dupla “João Roberto e Robertinho” gravaram três discos e, logo depois, João Roberto foi morar no Canadá onde viveu durante 13 anos, após os quais retornou ao Brasil e voltou a formar a dupla com Robertinho. 
João Roberto, no entanto, faleceu no dia 14 de maio de 2005, durante um show no qual acompanhava Inezita Barroso em Itanhaém/SP. Repentinamente ele caiu no palco; foi socorrido imediatamente mas já estava sem vida, vítima de parada cardíaca fulminante, ocasião na qual contava 43 anos de idade. E, no mesmo ano de 2005, Robertinho retomou a dupla com Léo Canhoto até 2018 e lançaram um DVD em comemoração aos 40 anos de carreira e logo novamente se separaram e Robertinho passou a cantar e chegou a gravar com o parceiro Zé Roberto.
Léo Canhoto formou dupla com Dino Santos até o falecimento do Léo em 20 de julho de 2020, aos 84 anos.
Atualmente Robertinho faz algumas apresentações ao lado de amigos.
Seus maiores sucessos são: “Jack, o Matador”, “O Homem Mau”, “Vou Tomá um Pingão”, “Meu Carango”, “O Presidente e o Lavrador”, “Meu Velho Pai”, “A Gaivota”, “A Colina do Amor”, “Fofinha” “o Ultimo Julgamento”, entre tantos outros. Contribuíram para o cinema nacional com o filme “Chumbo Quente”, gravado em 1978.
Amigos semana que vem tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço.

(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 450 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 04h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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