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ARTIGOS

21/05/2024

Música Sertaneja: Caçulinha

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Amigo amante da música sertaneja, hoje bem resumidamente escrevo um pouquinho sobre o músico Caçulinha, agradecendo nossa amiga Sandra Periparo pelo apoio e pesquisas.
Rubens Antônio da Silva (Caçulinha), nasceu na cidade de Piracicaba, no estado de São Paulo, em 15 de março de 1940.
Filho do violeiro Mariano e sobrinho do também violeiro Caçula, com quem o pai formou uma das primeiras duplas caipiras a gravar discos. Ganhou o apelido de Caçulinha como homenagem do pai ao irmão Caçula.
Começou a tocar sanfona com oito anos de idade, sempre com incentivo do pai.
Iniciou a carreira artística em 1948, com apenas oito anos de idade, apresentando-se no programa “Clube do Papai Noel”, na Rádio Tupi de São Paulo. Na década de 50, formou com o pai a dupla “Mariano e Caçulinha”. Apresentou-se com o pai em bailes, boates e em circos com os quais chegaram a viajar.
Como acordeonista, tocou e gravou com inúmeras duplas, como Tonico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada, Moreno e Moreninho, entre outras. Tocou em uma série de músicas consideradas clássicas da música sertaneja.
Estreou em disco solo em 1959, pela Todamérica, quando gravou, ao acordeom, a polca “Corochere”, e a guarânia “Triste Juriti”. No mesmo ano, gravou o choro “Pelé”, e a valsa “Noiva do Sargento”.
Participou como contratado exclusivo do programa “O Fino da Bossa”, comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues, na TV Record, a partir de 1965. Ainda na década de 60, acompanhou com seu regional as gravações de discos de inúmeros artistas, entre os quais, Cyro Monteiro, Miltinho, Doris Monteiro, Elizeth Cardoso, Roberto Silva, e Roberto Carlos, entre outros. Na mesma época, acompanhou Elizeth Cardoso, Caetano Veloso e Elis Regina, entre outros artistas em especiais musicais da TV Record. Ainda na televisão, atuou nos programas “Esta Noite Se Improvisa” e “Bossaudade”, da TV Record. Tocou piano e teclado em boates paulistas.
Na década de 70, contratado pela gravadora Copacabana, lançou vários LPs, entre os quais, “Caçulinha Aponta o Sucesso” (1970), e “Caçulinha na Onda do Sucesso” (1972). Em 1972, acompanhou com seu regional a cantora Inezita Barroso na gravação do LP “Clássicos da Música Caipira - Vol. 02”.
Na década de 80, passou a se apresentar esporadicamente à frente de seu regional e a fazer shows com o apresentador Fausto Silva nos quais tocava acordeom e o apresentador contava piadas. Ainda na década de 80, atuou com Fausto Silva no programa “Perdidos na Noite”, apresentado na TV Bandeirantes. Em 1981, tocou acordeom no LP “Caipira”, lançado pelo cantor e compositor Rolando Boldrin, pela RGE. 
Em 1989, participou de show de Nelson Gonçalves e Raphael Rabello, tocando acordeom na música “Três Lágrimas”, de Ary Barroso. Nesse ano, passou a atuar no “Programa do Faustão”, na TV Globo. Em 1994, tocou acordeom no LP “Pena Branca e Xavantinho - Uma Dupla Brasileira”, lançado pelos irmãos Pena Branca e Xavantinho em discos RGE.
Em 2001, tocou acordeom no CD “Violeiro”, lançado por Rolando Boldrin, pela Som Livre. Em 2002, foi lançado o disco “Nelson Gonçalves e Raphael Rabello”, no qual teve participação especial na faixa “Três Lágrimas”. Em 2004, participou ao lado de nomes como Dominguinhos, Renato Borghetti, Dino Rocha, e Toninho Ferragutti, no SESC Pompéia, em São Paulo, do o show de lançamento dos dois CDs do projeto “O Brasil da Sanfona”, gravados ao vivo no mês de março do mesmo ano. Em 2005, por sugestão de João Gilberto, que lhe perguntou por que não lançar um disco com músicas da bossa nova ao acordeom, gravou o CD “Caçulinha na Bossa Nova”, com produção de Ricardo Leão. O disco contou com as participações especiais de Roberto Menescal, João Donato, Rildo Hora, Paulinho Braga, Paulinho Trompete, Lula Galvão, João Lyra, Marcelo Martins, Bocato, Zé Canuto, Marcos Valle e Ricardo Leão. Desse disco fazem parte clássicos da bossa nova como “O Barquinho” e “Garota de Ipanema”, além de composições menos celebradas do universo da bossa nova como “Estate”, “Velas Içadas”, “Sem Você”, e”Olhar de Mulher”. O disco se encerra com um grupo de instrumentistas interpretando a música “Tudo é Possível”, de sua autoria. Após a gravação desse disco, gravou um outro, em parceria com o humorista Pedro Bismarque, conhecido pelo personagem Nerso da Capitinga, dedicado ao repertório junino, intitulado “Caçulinha no Arraiá”, no qual toca sanfona enquanto o ator Pedro Bismarque faz a narração da quadrilha. Ao longo de sua vasta carreira já gravou um total de 31 discos, sendo cerca de 25 LPs, numa trajetória única na música popular que passa do sertanejo à bossa nova.
Em 2014, apresentou-se no programa “Viola, Minha Viola”, na TV Cultura, como convidado especial, acompanhando Inezita Barroso na interpretação da toada “História de um Prego”. Apresentou-se no mesmo ano, no programa “Senhor Brasil”, apresentado por Rolando Boldrin na TV Brasil tocando e contando histórias de sua carreira.
Com mais de cinquenta anos de carreira artística, tornou conhecido nacionalmente do grande público a partir de 1989 quando passou a fazer parte do programa “Domingão do Faustão” da TV Globo como responsável pela programação musical, o qual anima com seu regional a frente do qual completou 17 anos em 2006, sempre com grande sucesso na programação dominical. Após 20 anos de colaboração com Fausto Silva, em 2008, Caçulinha fez críticas ao programa e ao próprio Fausto Silva, o que motivou seu afastamento. 
Em 2009, seu contrato não foi mais renovado. Em 2014, desliga-se definitivamente da Rede Globo após 25 anos.
Em 2015, é contratado pela TV Gazeta para trabalhar no programa Todo Seu apresentado desde 2004 naquela emissora por Ronnie Von.
Amigos, semana que vem tem mais histórias e curiosidades da nossa música sertaneja. Abração.

 

(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 200 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 05h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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