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16/04/2024

Música Sertaneja: José Mendes - parte 2 de 2

Imagem/Reprodução
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Em 1968, lançou, também pela Copacabana, o LP “Não Aperta, Aparício”, com música título de sua autoria e mais “Laços de Saudade” e “Não Chores Chinoca”, entre outras. Ainda nesse ano visitou o Rio de Janeiro e apresentou-se no “Programa do Chacrinha”. Também em 1968, participou da coletânea “Carnaval Copacabana”, que contou com as presenças de diversos artistas como Ângela Maria, Gilberto Alves, Carequinha, e Roberto Silva, interpretando “Pedro no Carnaval”, de sua autoria e “Maria Antonieta”, parceria com Paulo Finger. 
Em 1969, atuou no filme “Pára, Pedro!”, baseado em sua música, filmado pela produtora Leopoldis-Som, com roteiro de Antônio Augusto Fagundes e direção de Pereira Dias, sendo esse, o primeiro longa metragem colorido produzido no Rio Grande do Sul. O filme foi grande sucesso, permanecendo em cartaz por 23 semanas no Rio Grande do Sul, antes de se lançado no Rio de Janeiro. Ainda em 1969, lançou pela Copacabana seu quarto LP, “Andarengo”, disco no qual interpretou a música título e “Valsa das Mães”, entre outras. 
Também em 1969, atuou no filme “Não Aperta Aparício”, baseado na sua música homônima, filme também com direção de Pereira Dias e que contou, entre outros, com as participações de Grande Otelo e José Lewgoy, sendo também um grande sucesso. 
Em 1970, desfrutando de intensa popularidade, fez shows em quase todas as cidades gaúchas, além de se apresentar em Santa Catarina, Paraná, Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro. Nesse ano, tornou-se, juntamente com o cantor Altemar Dutra, o artista brasileiro com disco mais tocado em Portugal. Foi convidado para desfilar na Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, saindo como destaque ao lado de Martinho da Vila no enredo “Glórias Gaúchas”. Ainda nesse ano, lançou o LP “Mocinho do Cinema Gaúcho” cantando “História dos Pedros”, “Acordeona do Nego Mendes” e “Gaúcho Aventureiro”, entre outras.
Uma outra comprovação do sucesso da música “Pára, Pedro” foi o lançamento, na época, dos bonecos com o nome “Pára, Pedro”. Além disso, polícia carioca desencadeou a “Operação Pára, Pedro!” nos morros cariocas, e o cantor Wilson Simonal, que gravou a música, chegou a comprar um carro mustang, com os rendimentos obtidos com a gravação. Suas músicas foram tocadas a partir de Portugal, na Áustria, Suécia, Suíça e Bélgica.
Em 1971, gravou o LP “Gauchadas” com sete composições de sua autoria. Em 1972, filmou seu terceiro filme, “A Morte Não Marca Tempo”, tendo como música de abertura a “Balada da Solidão”, parceria com Pereira Dias. O filme foi lançado em abril do ano seguinte. Em 1973, lançou, pela Continental, o LP “Isto é Integração” no qual interpretou obras de sua autoria como “Minha Biografia”, “Isto é Integração”, entre outras.
Faleceu em 15 de fevereiro de 1974, no auge do sucesso, quando a camionete Veraneio na qual viajava com mais três pessoas, voltando do show em um circo na cidade de Pelotas, colidiu de frente com um ônibus na localidade de Povo Novo, na rodovia Rio Grande-Pelotas. José Mendes estava indo para Santa Vitória do Palmar para fazer um show, mas lamentavelmente nunca chegou lá. Foi sepultado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, no Cemitério da Irmandade Arcanjo São Miguel.
Nesse ano, foi editado o LP “Adeus Pampa Querido”, uma cópia do seu primeiro disco “Passeando de Pago em Pago” com as substituições das músicas “Passeando de Pago em Pago”, por “Adeus Pampa Querido”, versão sua, para música de F. Canaro, M. Mores e Pelay, e “Excursão Catarinense”, substituída pela “Balada da Solidão”.
Em 1979, suas músicas “Carancho” e “Baile de Campanha” foram incluídas no LP “Gauchíssimo - Vol. 04”, da Musicolor/Continental, que contou com participações de diversos artistas gaúchos entre os quais, Os Milongueiros, Gildo de Freitas, e Berenice Azambuja. Em 2002, foi homenageado com a publicação do livro “”Pára, Pedro - José Mendes - Vida e Obra”, de Ajadil Costa. Em 2004, em sua homenagem, foi feita a cavalgada “José Mendes de Volta a Querência”, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Esmeralda e da Universidade de Caxias do Sul, com coordenação de Nilson Hoffmann. A cavalgada destinou-se a transladar os restos mortais do cantor e compositor enterrado em Porto Alegre, para a cidade de Santa Tereza, seu berço natal. Em 2006, o “Memorial José Mendes”, localizado no município de Esmeralda, foi transformado em patrimônio cultural do Estado do Rio Grande do Sul.
Amigos semana que vem amigos tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço.

(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 200 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 05h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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