Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

ARTIGOS

23/02/2024

É o fogo do inferno

Cientistas da União Europeia concluíram que 2023 foi o ano mais quente em 125 mil anos! Prestaram atenção a isso: em cento e vinte e cinco mil anos, não houve outro que superasse a temperatura que experimentamos em 2023!
Se não for suficiente para convencer os humanos de que estamos à beira do colapso, nada mais o será. Morreremos quentinhos, como os sapos dentro do caldeirão que não percebem que o fogo fará a água ferver.
Vozes mais atentas inclusive já dizem que não se deve mais falar em “aquecimento global”, senão em “ebulição global”. A falta de juízo faz com que as emissões dos gases venenosos causadores do efeito estufa continuem e aumentem. 
Adianta fazer COPs se os avisos, cada vez mais sérios, que a natureza emite, não são levados a sério?
A COP28, em Dubai, embora tenha a presença do Papa Francisco, o Papa Ecológico, não por coincidência a invocar o nome de Francisco de Assis, o “homem do milênio” e o Pai da Ecologia, terá, para contrabalançar, um empresário do ramo dos combustíveis fósseis. 
O calor histórico se antagoniza com a frieza da humanidade, inapta a cobrar dos governos e dos maiores emissores uma inacreditável conversão, pois a trilha perseguida conduz à catástrofe derradeira.
Antes disso, ainda experimentaremos fenômenos extremos a cada dia mais destrutivos. Inundações, ondas de calor, incêndios. Tudo devastador e tudo incontrolável. Tanto que já não há seguros para furacões, para inundações e para incêndios. As seguradoras têm um limite para poder funcionar. E quando os segurados se comportam de maneira irresponsável, o contrato de seguro se isenta de suprir condutas inconsequentes.
Haja acordos, haja tratados, haja doutrina e legislação capaz de fazer frente àquilo que é perfeitamente previsível, evitável e contornável. Mas quando a vontade humana prefere exaurir os recursos da Terra e abreviar a experiência desta passagem que vai terminar mais cedo do que se poderia imaginar, tudo é insuficiente. 
Em outros tempos, a população estaria em pânico. Hoje, na irracionalidade imperante, a comprovação de que 2023 é o ano mais quente entre 125 mil anteriores é destinada a um povo surdo, cego e insano em sua marcha para o fim. O inferno chegará antes mesmo da despedida deste ciclo existencial.

(*) José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Geral da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS. 

José Renato Nalini (*)



© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade