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ARTIGOS

02/12/2022

Democracia é a voz do povo

Diante do momento conturbado que vivemos no nosso país, em que milhões de brasileiros saem às ruas por exigirem transparência no processo eleitoral, por protestarem contra a corrupção, temos no nosso interior uma relativa tranquilidade. Não vemos de perto o clima esquentando em Brasília e todas as articulações de bastidores que acontecem na luta pelo poder. Mas será mesmo que deveríamos estar tranquilos? 
O STF decidiu que qualquer investigação que vise a identificar agravo ou crime contra ministro do STF seja julgado pelo próprio STF porque qualquer parte do território nacional é, para esses fins, dependência do próprio Supremo. É uma leitura geográfica do próprio Regimento Interno.
Os inquéritos abertos no Supremo, à revelia do ministério público, fazem com que aquele poder se sinta habilitado a intervir em qualquer situação, passando com uma moto niveladora sobre todo o Poder Judiciário Nacional e sobre o devido processo, jogando-lhes uma pá de cal por cima e desnorteando investigados e advogados.
Nunca se viu protagonismo tão exacerbado, nem tanta inovação. Grande parte da inquietação que o país hoje vive se deve a esse ativismo. Nem mesmo seu vizinho meio desfibrado, o Congresso Nacional, escapa a essa sanha. Os parlamentares que ainda zelam por suas prerrogativas não encontram apoio entre seus pares que adotam, perante qualquer fato ou situação que não seja de seu interesse pessoal, uma atitude desdenhosa e omissa.
O novo truque desse superpoder, que assusta quem tem olhos para ver, é restringir acesso às redes sociais de parlamentares que caiam em desgraça, exatamente como vinha fazendo com a plebe “golpista”, “fascista”, “mané”.  
É evidente que excessos dessa ordem podem ser recebidos com subserviência por quem jogou a própria dignidade na caçamba do lixo orgânico. Os bons cidadãos, porém, veem a situação com outros olhos e sabem que cortar a comunicação de um congressista através de seus meios digitais é tirar-lhe a voz. É lesão gravíssima à representação popular, eixo das democracias. A vontade nacional se manifesta através da representação exercida por parlamentares e não por magistrados ou tribunais sem voto.
Dezenas de milhões de brasileiros a tudo veem. E entendem o que veem, mesmo que lhes digam que não podem ver nem entender.
Numa boa partida de futebol o juiz passa despercebido, a disputa se dá entre os dois times. Se o juiz inventa regra, dá cartão sem falta, expulsa sem razão, ele saiu das quatro linhas “do gramado”. Silenciar um deputado eleito é silenciar os milhões de votos que foram a ele confiados, o representante direto do povo fala em nome do povo. Um povo sem voz é um país sem democracia. A censura é algo que devemos estar atentos, mesmo aqui na nossa tranquilidade do interior, não devemos aceitar jamais. Censura não combina com democracia.

por Marcus Vinicius, criador do canal Mente Aberta. Presidente do PTB Penápolis. Contato: m_vdias@hotmail.com



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