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ARTIGOS

29/05/2022

Os gemidos da Democracia

Você está ouvindo gemidos pungentes? É a democracia agonizando. A representação é uma figura desacreditada. Quem é que se sente efetivamente representado pelos que mereceram o sufrágio? Quem é que considera satisfatório o exercício do poder político? Quem está satisfeito com a transformação da política, a arte de coordenar o convívio em busca do melhor, em profissão para aqueles que não sobreviveriam se tivessem de exercer uma atividade laboral?
Esse fenômeno é universal. No Brasil, em 2013, o povo foi às ruas. A chamada “sociedade civil”, apelido da cidadania, mostrou o seu desencanto com a política. As instituições não atendiam – e continuam a não atender – aos interesses populares. A imensa maioria dos políticos profissionais atua em seu exclusivo interesse. Basta verificar o surrealismo de “orçamento secreto” e sustento de um “Fundão” eleitoral e partidário de seis bilhões, enquanto seres humanos passam fome, não têm como sobreviver, não têm moradia, nem saúde, nem educação e nem futuro.
Enquanto isso, a função estatal que deveria “por ordem na casa” se preocupa mais com o crescimento vegetativo, com a criação de mais tribunais, de mais cargos, de mais orçamento. Não se preocupa com a eficiência, princípio incluído no artigo 37 da Constituição Cidadã dez anos depois de sua promulgação, exatamente porque o Judiciário não havia feito a sua “lição de casa”.
A única esperança é que a cidadania assuma as rédeas da edificação de uma sociedade menos injusta, mais igual, mais focada no respeito mútuo, na compreensão do outro, na tolerância. E que a educação venha a ser preocupação de todos, assim como o constituinte a previu no artigo 205 da Constituição de 5.10.1988: direito de todos, mas dever do Estado e da família, em colaboração com a sociedade. 
Uma nação iletrada nunca chegará a um estágio civilizacional garantidor do mínimo existencial – o mínimo vital ecológico, social e econômico – objetivo de todos os brasileiros lúcidos, que não podem aceitar o desvario reinante e têm de dar um “basta” ao desmanche não só das estruturas do Estado, mas do cerne do moral nacional.
Uma educação com ética, única alternativa ao caos, cuja proximidade é manifesta e que deveria tirar o sono dos homens de boa vontade. 

(*) José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2021-2022

José Renato Nalini (*)



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