CADERNOS
VÍDEOS
CLIMA
fale com o DIÁRIO
+55 (18) 3652.4593
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br
ARTIGOS
20/11/2021
Reforma que transforma
A moradia é direito social fundamental. Está na Constituição Cidadã. Nada obstante, sabemos que existe um Brasil normativo, formal e retórico e outro Brasil real, cru e triste. Milhões de brasileiros não têm teto. Cresce, de forma assustadora, o número dos moradores de rua. E tantos milhões moram em cortiços, palafitas e em habitações muito distantes do que seria uma habitação digna.
Pululam planos, projetos e promessas. Os números estratosféricos asseguram que está em curso a maior política habitacional já vista neste País. Na prática, tem razão o desvalido, quando não acredita em políticos que só pensam em se perpetuar no poder e de fazer da política partidária a sua profissão. O seu meio de vida. A sua fórmula de enriquecer. A qualquer custo.
Nesse panorama sombrio, é reconfortante verificar que uma empresa poderosa, como a Gerdau, para celebrar cento e vinte anos de atividade, encara a realidade de moradias toscas, insalubres e geradoras de problemas para a saúde.
A maior produtora de aço pretende reformar ao menos treze mil residências em dez anos: entre 2022 e 2032, para que cerca de cinquenta mil pessoas vivam condignamente. Houve um levantamento minucioso em vários estados, contemplando a estrutura da construção, infraestrutura do bairro, situação fundiária, risco geológico, tutela ambiental e zoneamento urbano. Tudo com o chamado ao comércio e aos profissionais locais, para alavancar o ecossistema e criar uma cultura de verdadeira cooperação.
A Gerdau convida lideranças comunitárias como Edu Lyra, cofundador e CEO da Gerando Falcões. É preciso envolver os interessados e permitir que sua participação confira maior legitimidade ao programa.
Esse exemplo da grande empresa poderia replicar em todos os municípios brasileiros, conjuntamente com a política estatal da regularização fundiária, outra injeção na economia e no brio cívico-patriótico de uma legião que tem todos os motivos para estar desalentada. Existem inúmeras construtoras, que poderiam fazer sua parte. Não é necessário chegar à dimensão da Gerdau. Mas uma casa ao menos que fosse reformada, mostraria o caminho a seguir. Cada um fazendo a sua parte e edificando a pátria justa, solidária e fraterna prometida pelo constituinte de 1988.
(*) José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2021-2022.
José Renato Nalini (*)
- O legado de Mário Covas ainda vive entre nós
- Alta rotatividade de trabalhadores em empresas de call center
- A renda, o custo de vida e a inflação no Brasil
- Música Sertaneja: Lourenço e Lourival
- A importância do cumprimento da pensão alimentícia: responsabilidade e consequências
- OAB SP e os 40 anos das "Diretas Já": nosso compromisso com a democracia continua!
- Agora é a exclusão do PIS/COFINS do cálculo do ICMS
- O mercado religioso e a comercialização da fé
- Música Sertaneja: José Mendes - parte 2 de 2
- Inclusão e diversidade no ambiente de trabalho: valorizando as pessoas com deficiência
- Marcas de um passado ainda presente
- Os riscos à saúde dos trabalhadores em call center
Imagens da semana
© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.