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19/06/2021
A peste na escola
Informação oficial detectou 5,6 mil casos de covid nas escolas estaduais. Comprovadas 39 mortes causadas pelo coronavirus desde janeiro de 2021. Além disso, há 8.010 casos em investigação e 7.844 ainda inconclusivos.
Embora se procure argumentar com o elevado número de estudantes da rede pública estadual, cerca de quatro milhões de alunos, o índice de contaminação não é desprezível. O próprio governo levou em consideração os riscos e aconselhou que, na dúvida, as crianças permaneçam em casa. Só irão para as aulas presenciais aqueles que não tiverem condições de acompanhar o ensino remoto, pois ainda há deficiência na conectividade, ou os que tiverem de se alimentar dentro da escola.
Esse período deveria servir para a capacitação dos professores. O ensino híbrido é necessário e não poderá ser abandonado. Ao contrário, deverá ser estimulado, com inserção da família, pois desta é o primeiro dever de educar. As mães já exerciam tal atribuição, na condição de primeiras treinadoras da prole. Com a pandemia, muitas delas reconheceram o trabalho exaustivo das professoras que diariamente cuidam de educandos nem sempre providos daquelas regras domésticas chamadas “educação de berço”.
Os professores precisam ser conscientizados de que aulas prelecionais já não seduzem os millenials, essa geração que já nasceu sob o signo da Quarta Revolução Industrial e que parecem conter um chip que oferecer excepcional desenvoltura para o manuseio das bugigangas eletrônicas.
Aulas virtuais animadas, musicadas, coloridas, são muito mais eficientes para despertar no educando a curiosidade. Esta é a mágica para uma educação de qualidade. Com todo o conhecimento disponível e acessível pela internet, a criança ou o jovem que for estimulado a pesquisar, cuidará de uma trilha própria e se tornará um incansável estudioso, porque descobriu qual é sua vocação e sua área preferencial de interesse.
Paradoxal falar-se em efeito benéfico da pandemia. Porém, o despertar da sociedade inteira para a educação virtual afetará não apenas os estudantes, mas toda uma legião de pessoas que foi despertada para a urgência de uma educação contínua e permanente.
(*) José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2021-2022.
José Renato Nalini (*)
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