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06/02/2021
A violência nos contextos escolares: do pavor que paralisa ao entendimento que mobiliza o enfrentamento
A violência e sua manifestação no contexto escolar vêm à tona com acontecimentos como o da escola de Suzano/SP, pois explicita a existência da violência no contexto escolar, o que gera sofrimentos e entraves no processo ensino aprendizagem e, portanto, traz implicações para o desenvolvimento humano. Nesses momentos observa-se grande manifestação da mídia e também das pessoas em redes sociais, sobre os motivos e causas de tais acontecimentos.
O pensamento de que a violência é um mero ato de um indivíduo agressor em relação a uma vítima, expressando-se apenas de forma física, é bastante comum nas pessoas. A falta de religiosidade, as inabilidades educativas dos pais, o uso de drogas, o acesso a grupos da internet que estimulam a violência, a dificuldade dos jovens de vivenciarem frustrações, o sistema social, são colocados como causas desse fenômeno.
A violência é analisada, muitas vezes, apenas a partir do julgamento e especulação em torno dos agentes da violência. E pode ser vista simplesmente como uma condição humana, própria do mundo moderno e impossível de ser modificada. Tal forma de análise pode levar ao sentimento de impotência e pavor diante de acontecimentos marcados pela violência real ou por sua ameaça e contribuir muito pouco para o enfrentamento da problemática.
O entendimento sobre o fenômeno em sua complexidade, a partir da ciência psicológica, orienta-se por contextualizá-lo como fenômeno histórico social, produzido nos modos como os seres humanos organizam as suas relações entre si e com os produtos do mundo social simbólico. Nesse sentido, verifica-se no contexto escolar, a violência contra a escola, da escola e na escola.
O reconhecimento de que existem diversas formas de violência (física, verbal, sexual, psicológica e a negligência) é necessário para que se possa perceber o caráter desumanizador e produtor de sofrimento nas relações sociais, mediadas pela violência. Tal fato deixa marcas nas subjetividades (nos modos de pensar, sentir e agir) das pessoas que participam da escola.
Nesse sentido, embora o enfrentamento da violência no interior da escola, não dependa somente dos atores escolares, esse espaço pode dar contribuições para a superação de tal fenômeno. Assim, é importante que professores, gestores, estudantes e pais, em conjunto com a comunidade, assumam a tarefa de romper com relações sociais autoritárias e fragmentadas, imprimindo esforços coletivos e conscientes na construção de relações sociais nas quais a violência não seja empregada.
(*) Profa Dra Eni de Fátima Martins, docente, supervisora de estágios em psicologia e educação e coordenadora do curso de psicologia da Funepe
Eni Martins (*)
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