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ARTIGOS

26/03/2020

O calote viralizou

As empresas estão deixando de pagar tudo, não por opção, mas por falta de recursos.
Várias empresas sérias, se anteciparam e enviaram comunicado a seus fornecedores, informando que não terão recursos para honrarem os compromissos assumidos outrora.
Os impostos, a grande maioria não pagou. Agua, luz, internet, também não. Deixaram apenas uma pequena reserva para pagar funcionários, e não vai dar para todos.
Outras empresas já prevendo o reflexo da quarentena, demitiram e continuam demitindo. Outras mais sustentáveis, estão dando férias coletivas. As mais preparadas, a licença remunerada (que financeiramente é a melhor opção).
Por quanto tempo as pessoas suportarão esta condição? O dinheiro não deve durar mais 15 ou 30 dias. Não haverá falta de alimentos, mas sim a falta de dinheiro para comprar alimentos.
Se tudo seguir “parado”, não haverá dinheiro para comprar comida, logo, se isso vier a ocorrer, o caos estará instalado Quem suporta ver um filho, um pai, irmão passando fome?
O americano, que tem uma cultura de defesa de sua vida, de seu patrimônio, a primeira atitude frente a pandemia, foi ir ao mercado e comprar alimentos? Não, foi comprar armas e munições, tanto que estão esgotadas em todas as lojas que vendem este produto. 
Eles, prevendo o pior, por pura precaução, pois estão acostumados a furacões, queimadas, e eventuais atentados, preferem se manter na defesa, do que simplesmente sair correndo para comprar alimentos, o que também fizeram, e já se abasteceram.
Aqui no Brasil, não temos esta cultura de proteção pessoal, tudo é festa. Não temos furacões ou vulcões. Há eventuais queimadas em períodos de extrema seca. Temos atentados e saqueadores sim, atentado contra a dignidade do povo brasileiro, e saqueadores dos cofres públicos, e este mal devemos combater fortemente.
Quanto ao desdobramento desta pandemia, temos alguns caminhos a seguir: diante de tanta informação desencontrada, umas por pura maldade em disseminar o ódio, seja em busca do poder, outras por puro desconhecimento e mero palpite, ou porque querem ver o caos.
A escolha do caminho deve ser pautada na razão e não na emoção.
É fato que as pessoas não tem recursos para se manter paradas em casa, e daqui a 2 ou 4 semanas, o desespero vai tomar conta da maioria da população. Até então funcionários, já não receberão salários. Aqueles que tem um carrinho de lanche, ou que tenha uma empresa com 10, 20, 50 funcionários, não terão recursos para manter os funcionários em casa, sem a empresa faturar.
A maioria das empresas estavam (antes do covir-19) literalmente “vendendo o almoço para comprar a janta”. E agora? Como manter o negocio parado por mais 30 ou 90 dias?
Ante ao risco do caos do sistema de saúde, temos o risco iminente e mais próximo do caos da economia. Inegavelmente passando pelo descontrole geral, possíveis mortes, talvez por falta de comida, por disputas a remédios, saqueadores, ou seja lá o que pode ocorrer com este povo que até agora, se apresenta pacífico, manso e submisso.
Neste panorama me parece o mais razoável, retornar as atividades, protegendo e preservando aqueles que são do grupo de risco, e voltar a fazer a “roda girar”, pois sem isso, o caos virá e não tardará, e seus efeitos serão sem dúvida, muito maiores que a pior das previsões desta pandemia do corona vírus.
Uma coisa é certa, nossas vidas nunca mais serão as mesmas. Nossos hábitos serão definitivamente alterados, exigindo maior higiene, controle e consciência da necessidade de poupar. 
Esta é apenas uma das batalhas que teremos que lutar, pois outras virão. Mas depois desta, estaremos mais preparados e conscientes do risco de, simplesmente VIVER.

(*) Eduardo Mendes Queiroz – Advogado – Especialista em Tributos. Atualmente mora em Araçatuba/SP. Escreve às quintas-feiras para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mails: advocaciaeduardoqueiroz@gmail.com ; eduque2000@gmail.com

Eduardo Mendes Queiroz (*)



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