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ARTIGOS

16/02/2020

Cidades devem planejar para enfrentar as águas

O verão 2019/2020 já entrou para a história como um dos mais marcantes pelos impactos causados pelas chuvas em importantes municípios brasileiros. Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outras localidades, pagam um preço alto pela urbanização desenfreada e a consequente impermeabilização do solo.
Os estragos não se limitam aos fatores acima apontados. As mudanças climáticas vão impactar cada vez mais na vida da população, principalmente das regiões metropolitanas. São Paulo, por exemplo, já tem histórico de enfrentar longos períodos de seca e momentos onde o volume das chuvas passa, em muito, das médias históricas.
Assim como nas cidades brasileiras, municípios dos EUA, França, Inglaterra, Itália têm enfrentado os resultados das mudanças climáticas, com indicadores muito além das médias históricas, tanto na estiagem como no aumento do volume de chuvas. Para as localidades populosas, é um grande estrago, isso quando não se transformam em tragédias.
A tecnologia já permite utilizar ferramentas para prever com alguma antecedência o volume de chuvas. Informações como essa ajudam a Defesa Civil a se preparar com algumas horas de antecedência para eventuais catástrofes, principalmente no atendimento às populações que moram em regiões de maior risco como às margens dos grandes rios e em encostas. Por outro lado, os piscinões têm uso limitado diante de um grande volume de água das chuvas.
As soluções passam por aumentar a permeabilidade do solo, principalmente nas proximidades dos cursos dos rios. Os piscinões também não devem ser descartados, mas construídos associados com outras soluções, como parques lineares, incentivos com redução de IPTU para os moradores manterem áreas permeáveis nos seus imóveis.
Uma medida fundamental é a coleta correta do lixo. Esse é um material que, invariavelmente, contribuiu para aumentar ainda mais os estragos, tampando bueiros e aumentando os riscos de contaminações. Em temporais, podemos ver de tudo boiando nos rios, até mesmo móveis como sofás e geladeiras. Isso aumenta ainda mais o caos.
Uma coisa podemos ter certeza, as enchentes e a secas vão passar, cada vez mais, a fazer parte do nosso cotidiano. As soluções não são simples, mas precisam avançar para evitar que a vida em regiões metropolitanas fique insuportável e com custos das tragédias cada vez maiores.

(*) Luiz Pladevall é engenheiro, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) e vice-presidente da ABES-SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental)

Luiz Pladevall (*)



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