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ARTIGOS
07/12/2019
Pensar nos outros
A Escandinávia é uma região linda. Provida de uma natureza magnífica. Água abundante. Paisagens maravilhosas. Mas a mais bela paisagem escandinava é a alma de seu povo.
Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, se quisermos ampliar as Ilhas Feroe e Islândia, tudo forma um conjunto homogêneo em qualidade de vida. Estive lá há alguns anos. Impressionei-me com a ausência de protocolos ou de segurança em torno a seus governantes. O Palácio Real da Noruega não tem muros. Chega-se até suas janelas!
Silvia, Rainha da Suécia, quando foi dar à luz foi dirigindo seu carro. Ela e o Rei Carl Gustav costumam viajar em aviões comerciais. Não têm equipes precursoras, nem o esquema de segurança utilizados por republicanos. E eles são reis, majestades, poderiam se apegar às formalidades monárquicas.
Podem nos ensinar nisso. Assim como tentam nos ensinar a preservar nossas florestas, um tesouro que estamos destruindo. Preocupada com o nosso descaso e crueldade, a Noruega participou logo do Fundo Amazônia, instrumento de captações criado em 2008, para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento. Dez anos depois, a Noruega diversifica as iniciativas e está decepcionada com o que continuamos a fazer.
O Ministro norueguês do Clima e Meio Ambiente Ola Elvestuen, confessa seu desalento: “Estamos próximos de perder as florestas. Precisamos acelerar os nossos esforços e o tempo está acabando. Os próximos anos são fundamentais se quisermos reverter essa trajetória danosa”.
Durante o último Fórum de Floresta Tropical de Oslo, o Observatório Global da Floresta - GFW ofereceu um relatório sombrio: 2017 foi o segundo pior ano da história em perda de cobertura vegetal. Uma área superior ao Estado do Ceará foi devastada : 158 mil quilômetros quadrados.
Ainda assim, a Noruega reforçou sua doação com o intuito de reverter a marcha da devastação da floresta: mais dois milhões de euros anuais, ou cerca de 9 milhões de reais. A Noruega também se comprometeu a ajudar, em conjunto com a Alemanha, com 50 milhões de dólares, quase duzentos milhões de reais, um projeto de preservação florestal em parceria com as comunidades tradicionais.
No ano que vem termina o prazo para a Noruega integrar o Fundo Amazônia. Continuará conosco ou concluirá que não merecemos esse aporte? Desde o início de sua contribuição, os noruegueses doaram cerca de três bilhões de reais para o programa. Talvez tenha faltado conscientizar os brasileiros que ainda não perderam noção do que significa o aquecimento global, de que é uma questão de legítima defesa levar a sério a preservação e, mais do que isso, a restauração das áreas devastadas.
Legítima defesa das crianças, as vítimas inocentes de nossa insanidade e aquelas que ainda vão nascer e encontrar um cenário de terra dizimada.
(*) José Renato Nalini é Reitor da Uniregistral, autor de “Ética Ambiental”, docente da Uninove e Presidente da Academia Paulista de Letras – 2019/20
JOSÉ NALINI (*)
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