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ARTIGOS

14/11/2019

Infertilidade humana: uma crescente demanda

O desejo de ter um filho é indiscutivelmente um dos maiores anseios em indivíduos adultos. No entanto, nem todos os casais conseguem engravidar de forma espontânea e natural, seja por infertilidade ou esterilidade, e necessitam de tratamentos para resolver essa situação. Além disso, de acordo com a percepção dos especialistas em fertilidade esse problema está se tornando cada vez mais frequente, pois os casais deixam para planejar a gravidez cada vez mais tarde. 
Este assunto se tornou de grande relevância uma vez que, quando os casais se deparam com a infertilidade, além de desestabilizar as relações do sujeito com seu entorno social, pode provocar efeitos devastadores na esfera individual e conjugal (FARINATI, RIGONI E MÜLLER, 2006). A infertilidade interrompe o projeto de vida individual e/ou do casal, produzindo sofrimento, angústia e até mesmo a depressão.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), infertilidade é a incapacidade de obtenção da gestação no decorrer de um ano sem métodos contraceptivos, e atinge 15% dos casais ativos sexualmente (JÚNIOR, REIS E MADEIRA, 2010). A frequência das causas de infertilidade tem distribuição praticamente semelhante nos casais, sendo o fator masculino responsável por aproximadamente 30% das vezes, outros 30% são de causa feminina, 30% de causa mista e em 10% dos casos a infertilidade é sem causa aparente. Esse percentual tem aumentado nos últimos anos devido a diversas causas, como adiamento da maternidade, o aumento da prevalência das infecções de transmissão sexual, o sedentarismo, a obesidade, consumo de tabaco e álcool, e a poluição urbana.
Dentre as causas da infertilidade feminina, pode-se observar alterações ovulatórias, distúrbios do sistema imunológico, endometriose, idade da mulher (o aumento da idade acarreta o declínio reprodutivo a partir dos 30 anos e após os 40 anos caem para metade as taxas de gestação), frequência de relação sexual, peso corporal, tabagismo, dentre outros. Já nos homens, ao longo da vida a eficiência reprodutiva é diminuída, devido a idade ou outros fatores, como, distúrbios na ejaculação ou penetração, disfunção dos hormônios envolvidos na formação dos espermatozoides, anomalias urogenitais congênitas ou adquiridas, infecções no trato genital, aumento da temperatura escrotal, uso de finasterida (medicamento para calvície), anomalias genéticas, fatores imunológicos,  abuso do álcool, fumo, drogas e exposição a substâncias químicas, como pesticidas, metais, compostos de cloro.
A busca pelo diagnóstico e tratamento, com Técnicas de Reprodução Humana Assistida, traduz um movimento adaptativo no sentido de encontrar a possível resolução para o problema. Por se tratar de enfermidade que atinge a ambos, os parceiros devem agir com cumplicidade, sensibilidade e respeito mútuos, disponibilidade e interesse para o diálogo. No entanto, nos momentos mais difíceis, em que o manejo dos sentimentos é fundamental, deve-se reconhecer a necessidade do auxílio de profissionais especializados e experientes   para o atendimento conjugal.

(*) Érica A. Serrano - Professora do curso de medicina da FUNEPE. Karina R. Fattori – Embriologista do Centro de Reprodução Wahib Hassan

Érica Serrano e KARINA FATTORI (*)



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