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ARTIGOS

12/10/2019

A importância da estimulação cognitiva no envelhecimento

O envelhecimento é um processo gradual para as pessoas, que começa cedo na vida e continua ao longo dos anos, ou seja, o envelhecimento é a consequência inevitável de ficar velho, de sofrer os desgastes naturais do corpo. Nesta fase do desenvolvimento nos deparamos com muitas mudanças físicas, orgânicas, motoras, cognitivas e sociais.
As mudanças cognitivas no envelhecimento nos apontam ganhos e perdas com o passar do tempo. Ganhos quando falamos em sabedorias e aprendizagens adquiridas com as experiências e conhecimentos novos e perdas quando pensamos nas dificuldades  do nosso processamento mental, modificando sua velocidade e capacidade. Um dos prejuízos mais visíveis pela sociedade no envelhecimento é em nossa memória, ou seja, o esquecimento.
A memória é um processo cognitivo responsável pela habilidade de adquirir, armazenar e evocar informações, sendo fundamental para o nosso senso de identidade, para a sobrevivência, para auxiliar na aprendizagem de conteúdos novos e para nos permitir senso de continuidade. O esquecimento é um processo contínuo e importante para o bom funcionamento mental, pois imaginem se não esquecêssemos nada?
No envelhecimento parece que existe um mito de que todo idoso é esquecido. No entanto, estudos em Psicologia apontam que a memória está relacionada com diversos fatores, como por exemplo, alimentação, atividade física regular, motivação, uso de drogas, saúde mental e principalmente a estimulação cognitiva. 
Estimular significa criar meios de manter o indivíduo em atividade constante. Muitas pessoas acreditam que a estimulação ocorre apenas com os exercícios físicos como corridas, alongamentos e etc. Pouco se fala em estimular cognitivamente o idoso para melhorar a memória, possibilitar novas aprendizagens, ativar as sensações e percepções e etc. 
Estudos em psicologia mostram que atividades como jogos, leituras, passeios, conversar com outras pessoas, aprender novas tarefas, trocar afetos, participar de programas comunitários, atividades físicas, culturais, manuais entre outras possibilitam as pessoas a viverem com mais qualidade de vida no envelhecimento, evitando o esquecimento prejudicial ao funcionamento cognitivo e a independência do idoso.
Enfim, em algumas fases do desenvolvimento humano como a adolescência e a fase adulta conseguimos nos manter ativos e cercados por diversas oportunidades de realizar atividades para manutenção e desenvolvimento cognitivo, mas na fase do envelhecimento precisamos do apoio da família, da sociedade e de profissionais qualificados para que a estimulação adequada ocorra mediante a condição física, emocional, cognitiva e individual de cada idoso para amenizar os efeitos negativos do envelhecimento. 

(*) Profa Dra Juliana Pardo Moura Campos Godoy, docente, supervisora de estágios em psicologia hospitalar e Responsável Técnica do CEPAC - FUNEPE (Centro de Estudos em Psicologia e Atendimento Comunitário)

Juliana Godoy (*)



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