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28/09/2019
O clima mudou. Como a pecuária sobreviverá?
Contra os fatos não há argumentos. O clima mudou e está mudando. Não cabe aqui, indicar os causadores, já que, provavelmente, não chegaremos a uma conclusão. O fato é que a temperatura está aumentando, o volume das chuvas está diminuindo, os invernos estão mais secos e quentes, os verões mais quentes e com menos água. Dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO - http://www.ciiagro.sp.gov.br/) comprovam que realmente, estes fenômenos estão ocorrendo em nosso munícipio.
Não sabemos por quanto tempo durarão estas mudanças ou se reverterão, mas o fato é que os pecuaristas devem estar em alerta para estas condições, já que são extremamente dependentes do clima para a produção animal.
Nossa região se caracteriza pela presença de propriedades menores que quatro módulos fiscais, sendo assim, em sua maioria, propriedades pequenas, familiares, de baixa rentabilidade e com baixo emprego de tecnologias na produção.
As pastagens são formadas, predominantemente, pelo conhecido braquiarão ou seus familiares, gramíneas que possuem altas taxas de crescimento em clima quente e úmido e em solos férteis ou bem corrigidos, mas a realidade, ao andarmos um pouco pelos nossos arredores, o cenário é diferente. Paisagens com pastagens “rapadas”, com baixa disponibilidade de forragem e com algum indício de degradação são comuns aos nossos olhos.
Mas qual é a relação das mudanças climáticas com a sobrevivência da pecuária em nossa região? Ao constatarmos que os nossos verões estão mais secos, nossos invernos mais quentes e anomalias climáticas mais frequentes, teremos que ser cada vez mais eficientes e rápidos em produzir capim, o alimento do gado. Para isto, se não empregarmos técnicas, por mais simples que sejam a produção de forragem cairá em patamares ainda menores o que acarretará na diminuição da produtividade ou no aumento dos custos com alimentação suplementar, prejudicando ainda mais a lucratividade do setor e desestimulando os descendentes a permanecerem no ramo e no campo.
Assim, os profissionais das agrárias tornam-se importantes membros na reestruturação da pecuária, seja de corte ou de leite, introduzindo conceitos e técnicas tão bem conhecidos e ainda pouco utilizados. Análises do solo, correções e adubações no solo, controle zootécnico e financeiro, conservação de forragens, controle das lotações das áreas, aliados à conscientização do uso racional da água, preservação das nascentes e matas ciliares e educação ambiental são apenas alguns exemplos que podem auxiliar no aumento da produtividade e na melhora da eficiência do uso de recursos, e com isso promover o desenvolvimento de uma pecuária sustentável, rentável e com menor impacto social e ao meio ambiente.
(*) Elaine Costa e Renato Shinkai - curso de Agronomia da FUNEPE
Elaine Costa / Renato Shinkai (*)
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