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ARTIGOS

24/09/2019

O RÁDIO NO BRASIL

Imagem/Divulgação
Detalhes Notícia

Amigo amante da música sertaneja, hoje escrevo sobre um dos meios de comunicação mais influentes do mundo, que é o rádio. 
O dia mundial do rádio é comemorado no dia 13 de fevereiro. No Brasil, tem uma data extra que é 25 de setembro. O meio de comunicação de massas é celebrado nesta data porque no mesmo dia, em 1884, nascia Edgard Roquette Pinto, responsável por fundar, quase 40 anos depois, a primeira emissora radiofônica do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Atual Rádio MEC, ela é uma das mais de 10 mil emissoras de rádio brasileiras que, com programas jornalísticos, culturais e educativos, ajudam a manter o rádio como veículo essencial para a difusão de informação e a integração do país.
O Padre brasileiro Landell de Moura foi pioneiro na transmissão de voz, mas só conseguiu ser chamado de louco e bruxo. Fez em 1894 (dois anos antes de Marconi) uma expe­riência pioneira de radiodifusão, mas que acabou menosprezado pelos registros históricos.  Ele transmitiu a voz humana por 8 quilômetros em linha reta, da avenida Paulista até o Alto de Santana, na zona norte da cidade. (Detalhe: o rádio inventado por Marconi só transmitia sinais telegráficos.) Ainda assim, o sucesso do experimento não se converteu em muito dinheiro.
Em 1900, Landell repetiu o experimento – agora na presença de jornalistas e de um representante do governo britânico. A notícia repercutiu, mas não do jeito que ele planejara: alguns religiosos se indignaram quando souberam que um padre estava fazendo “bruxarias”. Dois dias depois da demonstração, meia dúzia de fiéis invadiu o modesto laboratório do religioso para quebrar todos os seus aparelhos.
No ano seguinte, o padre foi tentar a sorte nos EUA, onde impressionou a comunidade científica. Eis que o esperado dinheiro parecia estar chegando: empresários americanos ofereceram uma fortuna a Landell. Só que, patriota ferrenho, ele a recusou. O padre acreditava que as invenções pertenciam ao Brasil. Ele conseguiu patentear suas invenções em 1904. Tarde demais: Marconi já o havia feito em 1896.

Em 1922, o país comemorava o primeiro centenário da independência e, como uma das formas de celebração, foi instalada no pico do morro do Corcovado, onde hoje está localizado o Cristo Redentor, uma antena de rádio — na época uma tecnologia inovadora, trazida dos Estados Unidos. Assim, no dia 7 de setembro desse mesmo ano, acontecia a primeira transmissão radiofônica do Brasil.
Na época, o médico e antropólogo carioca Roquette Pinto convenceu a Academia Brasileira de Ciências a comprar os equipamentos da nova tecnologia, criando, em 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que tinha o objetivo de divulgar educação e ciência no país. Em 1936, a emissora passou a ser posse do Governo Federal, dando origem à atual rádio MEC.
O rádio teve um importante papel na sociedade brasileira desde sua consolidação. Foi o primeiro grande veículo de comunicação de massas, sendo portanto responsável por influenciar decisivamente a vida privada, através da difusão de radionovelas, programas de entretenimento, informação e música que alcançavam, muito além dos grandes centros urbanos, populações de territórios brasileiros mais isolados. Além disso, foi muito aproveitado politicamente pelo Estado, por partidos políticos e movimentos sociais, estando no centro de transformações que definiriam a história moderna do Brasil.
No meio sertanejo, o rádio foi e continua sendo um dos maiores divulgadores do gênero, que constantemente passa por transformações. 
Zé Bettio foi um dos mais conhecidos comunicadores do estilo, passando pelas rádio Record, Cometa e Capital. Eternizou bordões como “acorda, joga água nele!”. Também lançou nomes importantes da música sertaneja raiz.
O nosso programa de rádio Clube do Caipirão já está no ar a 10 anos, começamos na rádio Difusora e atualmente estamos na Ativa FM diariamente das 05h00 ás 07h00 da manhã, aos domingos das 05h00 ás 10h00 ao vivo. Gravado o programa atinge 20 estados brasileiros, 2 emissoras em Portugal e 2 no Paraguai, ao todo são 222 rádios.
De acordo com o Governo Federal, o Brasil tem hoje mais de 10 mil emissoras de rádio, sendo 5.463 nas categorias AM e FM comercial e educativa, além de outras 4.775 emissoras comunitárias. Num período em que novas tecnologias se tornam rapidamente obsoletas, o rádio, mesmo sem fazer uso de imagens, se mantém como importante veículo informativo e de entretenimento.
Parabéns a todos os radialistas e profissionais do setor da radiodifusão. Semana que vem tem mais, Abração.

 (*) Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) tem o programa ‘Clube do Caipirão’ na Rádio Ativa FM 93,5 - segunda a sexta das 04:00 às 06:30 da manhã, domingo das 05:00 às 10:00 horas - www.clubedocaipirao.com.br . 
Caipirão escreve às terças-feiras para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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