20/09/2019

O retrato da angústia - III

A humanidade caminha. Os passos se aceleram. Os limites se afastam.
As instituições procuram se adaptar às mudanças.
Mas são tão rápidas que não dá nem tempo de se ler os exigentes rótulos das embalagens.
A preocupação para ficar isento de qualquer responsabilidade está exigindo impensáveis medidas que possam isentar alguém que produziu um milenar pão e não rotulou que foi feito com farinha de um trigo produzido em tal lugar e com qual espécie de adubo ou mesmo água que foram aplicadas no seu desenvolvimento.
Enquanto isso a inteligência do homem, de forma acelerada vai reinventando a roda.
Difícil será a profissão de Professor já já.
Nem dicionários são carregados. Está tudo na internet, na mesma hora.
Então o sistema de ensino tem que ser reinventado urgentemente.
O que existe logo será ultrapassado e ninguém precisará decorar tabuada.
Mas o mais dramático é que o próprio ser humano precisa, urgentemente, ser reinventado.
Aí é que poderá surgir uma nova Escola.
A Escola que utilizará todos os recursos que rapidamente são ultrapassados para desenvolver uma nova forma de relacionamento humano já que ninguém existiu, existe ou existirá sozinho neste planeta.
“Assim Caminha a Humanidade”, “Crepúsculo dos Deuses”, “Deus lhe Pague” e “E o Vento Levou” poderão ser ressuscitados como filmes históricos que nos remeterão a uma NOVA forma de coexistência.
Um homem só é uma ilha desconhecida; ANGUSTIANTE.

(*) Vanir Cavicchioli é penapolense e ex Diretor das EE Marcos Trench e Augusto Pereira de Moraes, ex Supervisor de Ensino na DRE de Penápolis, ex Professor e ex Diretor da FFCL de Penápolis, ex Supervisor de Ensino na DER Lins. Escreve toda sexta-feira para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: vanir-cavicchioli@bol.com.br

Vanir Cavicchioli (*)