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ARTIGOS

30/08/2019

Independência

Ainda bem, ou menos mal que o Hino Nacional Brasileiro é orquestrado nos jogos de futebol.
Menos mal porque atualmente é realizado pela metade.
Lembro-me, nesta época, que fui nomeado Professor Primário, efetivo para uma chamada Escola Masculina da Fazenda São Moisés.
Fiquei de agosto a dezembro residindo em uma garagem para trator, que tinha uma repartição com uma porta e uma janela.
Nada de energia elétrica, celular, rádio de pilhas. Rádio nenhum.
À noite mal lia alguma coisa com luz de lamparina.
De manhã o nariz estava tomado de fuligem da chama da lamparina.
Mas estava muito feliz porque nos sábados saia para ir pra casa, após o término pontual das aulas às 16h30. Disse nos sábados.
E naquele ano dia 7 de setembro aconteceu num domingo.
Tivemos que entregar um plano para comemoração na sede da Inspetoria. Estava avisando que haveria um sorteio na sede de Inspetoria e alguém poderia chegar no dia para acompanhar a comemoração.
Mas eu era feliz porque no ano anterior estudei no Instituto de Educação de Pirassununga e o Professor de música obrigou os alunos a solfejarem o Hino Nacional declamando todas as notas musicais do Hino.
E para sair aos sábados invariavelmente tinha que andar 14 quilômetros a pé. Não havia telefones, ônibus e nem caronas.
Mas era feliz. A Escola era “risonha e franca”.
O salário da época era compensador.
Não havia o 13º salário.
Mas, também, não havia as absurdas gratificações que só vieram rebaixar o salário e nível de aprendizado.
Mas nos dias de hoje complementando salários com gratificações que, extintas, se transformam em terreno fértil para grandes escritórios de advocacias e levam o professor e outros funcionários a uma fila de espera para receber atrasados, via precatórios, que, no momento passam por moratórias proposta pelo governo. Ao invés de esperar 10, 20 anos, nem morrendo os herdeiros virão a cor. Mas os escritórios recebem sempre pela grande quantidade de processos desnecessários para os funcionários.
Enquanto isso o Hino Nacional, o Hino a Bandeira, o Hino a Proclamação de República, o Hino da Independência e mesmo a nossa Bandeira viraram vilões pelo período do Regime Militar que já acabou a mais de 30 anos.
E o salário OH!

(*) Vanir Cavicchioli é penapolense e ex Diretor das EE Marcos Trench e Augusto Pereira de Moraes, ex Supervisor de Ensino na DRE de Penápolis, ex Professor e ex Diretor da FFCL de Penápolis, ex Supervisor de Ensino na DER Lins. Escreve toda sexta-feira para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: vanir-cavicchioli@bol.com.br

Vanir Cavicchioli (*)



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