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ARTIGOS

13/08/2019

Música Sertaneja: Rodeio Barretos e Festival Rose Abrão

Imagem/Divulgação
Detalhes Notícia
Monumento Jeromão representa os peões e os violeiros

Amigo amante da música sertaneja e cultura brasileira, hoje escrevo um pouco da história da Festa do Peão mais prestigiada do Brasil o Rodeio de Barretos.
A história de Barretos se confunde com o rodeio brasileiro. Até 1955, Barretos era uma pacata cidade que tinha na pecuária sua principal atividade econômica. Passagem obrigatória dos “corredores boiadeiros”, como eram conhecidas as vias de transporte de gado entre um estado e outro, Barretos era sede também do Frigorífico Anglo, instalado em 1913 e de propriedade da família real inglesa, suas instalações lembram uma autêntica vila inglesa. Era na época o maior da América Latina. Mas eram os peões das comitivas, que reunidos para descansarem, acabavam criando mil maneiras para se divertirem. E como não podia deixar de ser, nestes encontros tentavam mostrar suas habilidades na lida com o gado. Nesta época era freqüente em Barretos a vinda de dançarinas de cabarés franceses para entreter fazendeiros e os peões de comitivas.
Em um sábado de 1947, na quermesse realizada pela Prefeitura Municipal de Barretos, na praça central da cidade, acontece o primeiro rodeio do país, realizado dentro de um cercado com arquibancadas.
E foi assim, que em 1955, nasceu numa mesa de bar, Os Independentes. Um grupo de rapazes solteiros e auto suficientes, como era a regra, ligados a agropecuária local, teve a ideia de promover festas inspiradas na lida das fazendas, com o objetivo de arrecadar fundos para as entidades assistenciais da região. Um ano depois, em 1956, foi lançada a 1ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. Sob a lona de um velho circo, surgiu o modelo do evento rural de maior sucesso do país atualmente. Já na primeira festa, a principal atração foi o rodeio. E os mesmos peões que passavam meses viajando pelos estados brasileiros, agora eram estrelas da festa do peão de Barretos.
Ninguém poderia imaginar que a partir daquele ano a história dos peões de boiadeiro mudaria para sempre, e que o destino de Barretos seria o de se tornar a capital do rodeio brasileiro. Tudo que ali era realizado servia como modelo para outras cidades que também começavam a promover suas festas.
O resultado foi que na década de 60 o número de eventos ligados ao rodeio no Brasil havia crescido muito, principalmente no estado de São Paulo. Muitos peões acabaram se transformado em competidores e corriam de uma festa para outra atrás dos prêmios. Mas era em Barretos que todos tentavam a “sorte grande”. A cada ano a Festa de Barretos crescia. Em 1960, já era conhecida em todo o país. O Festival do Folclore de Barretos contava com a participação de países da América do Sul como Argentina, Uruguai, Paraguai, assim como várias regiões do Brasil.

FESTIVAL 
DE VIOLA
A Violeira Rose Abrão completaria neste ano, 35 anos de edição. Responsável por manter a essência e tradição da cultura sertaneja, além de revelar novos talentos da música raiz.
Nomes importantes da música brasileira passaram pelo festival, como Rionegro & Solimões, Zé Henrique & Gabriel, Durval & Davi, Zé do Cedro & João do Pinho, Gedeão da Viola, Itamaracá, entre outros.
As músicas retratam o estilo de vida e costumes dos peões estradeiros, além das festas da cultura sertaneja e paisagem interiorana.
Realizada inicialmente nos bairros de Barretos, a “Violeira” reunia violeiros de todos os cantos. Em 1993, a “Violeira” passou a levar o nome de “Rose Abrão”, em homenagem ao comerciante Gaze Abrão, proprietário do Sobrado da Alegria (local onde reunia diversos violeiros e grandes nomes da música caipira), e palco do festival caipira por alguns anos.
O músico e violeiro, Tião Carreiro foi quem apelidou o amigo Gaze Abrão, de “Tio Rose”. Aos 57 anos, o comerciante morreu em Barretos. Para homenagear a história de ‘Tio Rose’ com a música e tradição caipira, o festival carrega seu nome.
A Festa do Peão de Barretos por muitos anos consecutivos realizou a o festival de viola Rose Abrão que revelou grandes nomes da música sertaneja raiz, porem esse ano não teremos este evento, “dizem que por falda de recursos”, isso é muito triste para nossa cultura brasileira.
Amigos semana que vem tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, abração.

(*) Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) tem o programa ‘Clube do Caipirão’ na Rádio Ativa FM 93,5 - segunda a sexta das 04:00 às 06:30 da manhã, domingo das 05:00 às 10:00 horas - www.clubedocaipirao.com.br . Caipirão escreve às terças-feiras para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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