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ARTIGOS
02/08/2019
O humano tecnológico
Quem produz tecnologia e, por consequência, produz máquinas se desenvolve e cresce em todos os sentidos.
Quem compra máquinas, tecnologias às utilizam.
Só que ficam com a economia cada vez mais concentrada nas mãos de poucos.
E o Estado fica, também, refém.
Multiplica o uso das tecnologias como forma de controlar o funcionamento da Estado como uma instituição cada vez presa às maquinas.
Torna seus funcionários como meros instrumentadores e instrumentos.
Por isso vai perdendo a presença humana. Faz do funcionário como uma peça da máquina.
Mas isso custa muito caro. E, também, surge a necessidade de um novo mecanismo. O de acompanhar o desempenho de todos como indivíduos sem rosto.
Por isso cresce o número de investigações, processos e demissões.
Tudo vai se transformando em números e estatísticas.
Vejo como um mundo em que o ser humano passa a ser desligado de sua origem que é a natureza e, de um ser natural, está sendo transformado em um ser artificial.
E de inteligência artificial.
Por isso vai crescendo a falta de humanidade com o aumento da violência motivada pelo individualismo.
Assim o Estado vai perdendo as suas raízes humanas se transformando em instituição cada vez mais comandada por robôs.
Agora mesmo estamos passando pelo momento das privatizações.
O Estado já não consegue se administrar.
Saindo de uma relação interpessoal está criando uma nova administração artificial levando os seus funcionários a um descomprometimento.
São relações instrumentais substituindo as relações pessoais.
O Estado caminha para ser apenas um arrecadador de impostos para ter contato apenas com empresas prestadoras de serviços?
Caminhamos para termos apenas instituições judiciárias, policiais e presidiárias?
A transformação do Estado em mero aparelho arrecadador, regulador e controlador está definida em compromisso do atual governador do Estado em recente declaração no programa da TV Band (Bandeirantes) ao jornalista J. L. Datena de que, iniciando no final de 2019 e concluindo até o final do seu mandato de que o aparelho policial do Estado de São Paulo terá o 2º maior salário do Brasil, excluindo o Distrito Federal que é mantido pelo Governo Federal.
Não fez menção a mais nada.
Assim será no Brasil todo!
(*) Vanir Cavicchioli é penapolense e ex Diretor das EE Marcos Trench e Augusto Pereira de Moraes, ex Supervisor de Ensino na DRE de Penápolis, ex Professor e ex Diretor da FFCL de Penápolis, ex Supervisor de Ensino na DER Lins. Escreve toda sexta-feira para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: vanir-cavicchioli@bol.com.br
Vanir Cavicchioli (*)
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