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ARTIGOS

20/07/2019

Tenho nojo de política!

Eu também, você poderia dizer. Mas isso nos livra dos políticos profissionais? Se você não gosta, há quem goste. E agirá em seu nome. Por isso, é melhor você se interessar. Até para banir desse espaço de manobras aqueles que não merecem o seu voto e, menos ainda, sua confiança.
Para treinar a juventude hostil à política partidária, uma jovem de 24 anos criou jogos divertidos que atraem pelo aspecto lúdico, mas que são proposta muito mais séria. Júlia Carvalho inventou a “Fast Food da Política” e bolou algumas brincadeiras. Vejam só a originalidade de alguns jogos:
Batalha eleitoral. É um tabuleiro dividido nas fases da pré-campanha, convenção, campanha e apuração. Dados, fichas e cartas são necessários para esse jogo. O segredo é fazer o candidato chegar lá: vencer a eleição. Pode encontrar apoio da mídia ou se defrontar com fake News. Excita os participantes e faz com que eles enxerguem a arena política de outra forma. 
Direitos e silêncios. Diante de uma relação com alguns direitos femininos, ganhará o jogo quem conseguir dispô-los na ordem de edição das leis que os consagram. As datas estão no verso das cartas. Só para estimular: sabe quando as mulheres obtiveram o direito de votar no Brasil? Em 1932, mesmo ano da Revolução Constitucionalista de São Paulo. E quando deixaram de ser obrigadas a adotar o patronímico do marido? 1977. E quando é que a virgindade ultrajada deixou de ser causa de nulidade do casamento? Só com o advento do Código Civil de 2002, o Código Reale.
Três esferas. Treina o jogador a saber a qual entidade da Federação incumbe determinado serviço ou prestação. Tente acertar: metrô é responsabilidade de quem? E creche municipal? E segurança pública? 
Júlia diz que ensinar política deve seguir um lema: aprender sobre as regras do sistema político na velocidade em que se consome um hambúrguer. 
Essa é uma forma inteligente e divertida de fazer o jovem, principalmente o jovem, sempre o jovem, se interessar pela vida pública. Sem isso, não se chegará à Democracia Participativa, promessa do constituinte de 1988 ainda descumprida e ainda muito longe de vir a sê-lo.
 
(*) José Renato Nalini é Reitor da Uniregistral, docente da Uninove e Unianchieta, escritor e palestrante
José Renato Nalini (*)



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