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ARTIGOS

13/07/2019

A Igreja e Darwin

Quando pensamos em Charles Darwin, automaticamente pensamos na Teoria da Evolução. Assim como muita gente pensa que Darwin disse que o ser humano veio do macaco -uma bobagem que já expliquei no artigo “Os macacos de Darwin”-, a Igreja Católica também não rejeita a Teoria da Evolução, nem afirma que o homem foi criado diretamente do barro. 
A proximidade genética do ser humano com o chimpanzé e o bonobo já serviria de prova da evolução das espécies -usando o raciocínio de Ockham, frade franciscano que ensinava o argumento da simplicidade das explicações-, afinal, por que Deus se daria ao trabalho de fazer espécies geneticamente próximas uma a uma se pode se valer da evolução? Chega a ser curioso, quando o Rio Congo formou-se há mais de um milhão de anos, os chimpanzés ficaram isolados com os gorilas, desenvolvendo um comportamento agressivo e sendo o primata que mais oprime a fêmea, já o bonobo, sem concorrência, desenvolveu um comportamento sexual muito parecido com o humano... Primos interessantes da humanidade, inteligentes e com capacidade de comunicação. 
Para encerrar as polêmicas entre e teólogos católicos com evolucionistas e existencialistas, o Papa Pio XII, em 1950, escreveu a Encíclica Humani Generis (w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p- xii_enc_12081950_ humani-generis.html), que tratou de muitos assuntos relacionados à criação do gênero humano. 
Sobre a criação do ser humano, chama a atenção o parágrafo 36: “Por isso o magistério da Igreja não proíbe que nas investigações e disputas entre homens doutos de ambos os campos se trate da doutrina do evolucionismo, que busca a origem do corpo humano em matéria viva preexistente (pois a fé nos obriga a reter que as almas são diretamente criadas por Deus), segundo o estágio atual das ciências humanas e da sagrada teologia, de modo que as razões de uma e outra opinião, isto é, dos que defendem ou impugnam tal doutrina, sejam ponderadas e julgadas com a devida gravidade, moderação e comedimento”. 
Naqueles anos, o ateísmo que atacava a Bíblia e a Igreja precisava reafirmar sua posição, como se vê no parágrafo 38: “Da mesma forma que nas ciências biológicas e antropológicas, há alguns que também nas históricas ultrapassam audazmente os limites e cautelas estabelecidos pela Igreja. De modo particular, é deplorável a maneira extraordinariamente livre de interpretar os livros históricos do Antigo Testamento”. 
Usavam uma carta da Comissão Pontifícia para os Estudos Bíblicos que “adverte claramente que os onze primeiros capítulos do Gênesis, embora não concordem propriamente com o método histórico, pertencem ao gênero histórico em sentido verdadeiro e que, com estilo singelo e figurado, acomodado à mente do povo pouco culto, contêm as verdades principais e fundamentais em que se apoia a nossa própria salvação, bem como uma descrição popular da origem do gênero humano e do povo escolhido”. 
Embora simples e figurados, foram escritos ajudados pelo sopro da divina inspiração. E é uma visão semelhante a que tive empiricamente quando me converti católico, vi claramente no Gênesis os elementos que eu conhecia do Evolucionismo e das Teorias Cosmológicas do Big Bang do Padre Georges Lemaitre. 

(*) Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

Mario Saturno (*)



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