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ARTIGOS

28/05/2019

Música Sertaneja: Irmãs Galvão

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Amigo amante da música sertaneja hoje você vai conhecer um pouco da história das Irmãs Galvão, agradecendo a pesquisadora e jornalista Sandra Peripato pelo apoio nas pesquisas.
Mary Zuil Galvão, nasceu em Ourinhos-SP, no dia 04 de maio de 1940 e Marilene Galvão nasceu em Palmital-SP em 27 de abril de 1942. Com o incentivo dos pais, a dupla se formou em 1947 quando elas tinham 7 e 5 anos de idade, respectivamente, na cidade de Sapezal-SP (hoje Distrito de Paraguaçu Paulista). 
Foi na Rádio Club Marconi, de Paraguaçu Paulista, no ano de 1947, que Mary e Marilene nasceram artisticamente como Irmãs Galvão. 
Depois de passarem pelas rádios Difusora de Assis-SP, e Cultura de Maringá-PR, elas sonhavam ir para São Paulo. A oportunidade veio por meio do Dr. Miguel Leuzi, proprietário de uma rede de emissoras, que recomendou as para uma apresentação na Rádio Piratininga de São Paulo. Lá chegando, foram inscritas em um programa de calouros, “Torre de Babel”, sob o comando de Salomão Ésper. Não concorreram ao prêmio mas cantaram, encantaram e se tornaram profissionais da emissora.
A boa repercussão da participação rendeu-lhes uma melhor oferta para cantarem na Rádio Nacional, atual Globo e, em seguida, um contrato pela Rádio Bandeirantes, para os programas “Na Serra da Mantiqueira”, apresentado por Comendador Biguá, e “Brasil Caboclo”, por Capitão Barduíno. Agradaram em cheio e foram procuradas e contratadas por Diogo Mulero, o “Palmeira”, diretor artístico da RCA Victor. Veio, então, o primeiro 78 rotações da carreira e a agenda, já bem recheada de shows, ficou repleta de compromissos devido ao sucesso que as músicas “Carinha de Anjo” e “Rincão Guarani” faziam nas rádios de todo o Brasil. Além da RCA, ao longo da carreira a dupla passou pelas gravadoras Chantecler, CBS, Phillips, Continental, Warner e, atualmente, a Atração.
Mary e Marilene sempre se preocuparam com tudo em suas apresentações, principalmente com a maneira de vestir-se. O povo do campo se prepara com o que tem de melhor para ir às festas da cidade, daí o empenho de ambas em vestir suas melhores roupas, em respeito e retribuição ao público de modo geral.
O sucesso dos primeiros programas exclusivamente sertanejos na televisão garantiu uma posição de prestígio a este gênero musical, que passou a ser mais executado do que a chamada “música urbana”. E as Irmãs Galvão sempre estavam entre os artistas no “Viola, Minha Viola”, “Som Brasil”, “Canta Viola”, “Especial Sertanejo”, “Musicamp”, entre outros.
Este fato alavancou a comemoração do Cinquentenário da Música Sertaneja em um espetáculo realizado no Estádio do Pacaembu, tendo entre seus apresentadores nomes importantes como José Russo, Carlito Martins e Geraldo Meirelles.
Em 1985, o Maestro Mário Campanha começa a produzir os discos da dupla e com ela inaugurar uma fase mais moderna. Assim, em 1985, lançam a lambada “No Calor dos Teus Abraços” e, com este LP, ganham Disco de Ouro, o que as projetou nacional e internacionalmente, com músicas tocadas em Portugal, Canadá e na Suíça. Outros discos e prêmios vieram, entre os quais Prêmio Sharp, Prêmio Caras de Música e indicação ao Grammy Latino. Foi nesta fase que sentiram a necessidade de uma mudança e consultando a numerologia feita por Baralites Campanha, adotaram o nome As Galvão, sem deixarem de ser Irmãs.
“No Calor dos Teus Abraços”, “Pedacinhos”, “Coração Laçador”, “Menino Canoeiro”, “Lembrança” e “Beijinho Doce” (originalmente gravada pelas Irmãs Castro, em quem se espelharam no começo da carreira) são alguns de seus sucessos. “Pecado Louro”, “Não Me Abandones” e “Apenas Um Pecado”, lançadas pelas Galvão, foram, mais tarde, regravadas por várias duplas. 
Neste Longo caminho feito de dificuldades, lutas e também muita esperança, o sonho de encantar o Brasil com suas belas vozes foi realizado, tanto que o nosso amigo radialista Toni Gomide, carinhosamente, intitulou-as “As Vozes do Século”.
Um palco, um microfone. É assim que a dupla se sente “em casa” e dá seu melhor recado, contando “causos” e cantando. E tudo de forma simpática, engraçada, comovida, sincera e afetuosa. 
Apesar da idade as irmãs continuam se apresentando por todo o Brasil. 
Amigos essa foi um pouquinho da história das Irmãs Galvão, semana que vem amigos tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço.

 

(*) Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) tem o programa ‘Clube do Caipirão’ na Rádio Ativa FM 93,5 - segunda a sexta das 04:00 as 06:30 da manhã, domingo das 05:00 as 10:00 horas - www.clubedocaipirao.com.br . Caipirão escreve as terças-feiras para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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