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ARTIGOS

22/05/2019

A voz das urnas e a das ruas

Eleito majoritariamente nos 1º e 2º turnos, o Presidente Jair Bolsonaro assumiu em 1º de Janeiro o comando da República, sob imensa expectativa popular, decorrente de propostas lançadas em campanha e que seriam colocadas em prática doravante.
Formou excelente equipe econômica sob a tutela de Paulo Guedes e já de início, a reforma da previdência tornou-se prioritária.
Estima-se um rombo de 309 bilhões para o presente exercício e se tudo sair conforme o esperado somente a partir de 2024 as contas públicas voltariam ao azul.
A nova previdência é tida como redentora do país, mas traz irresignações, pois na medida em que corta privilégios e não são poucos, soma dificuldades para sua aprovação.
A matéria está em curso junto ao Congresso Nacional, cabe à Comissão Especial apresentar relatório a ser submetido ao Plenário.
A deliberação soberana do Congresso Nacional exige do Presidente da República amplo poder de convencimento dos parlamentares, dita articulação, o que em outros tempos tida como “barganha”. 
Contra as tais “barganhas”, o Presidente Bolsonaro insurge-se e procura tratativas republicanas próprias dos novos tempos. O Congresso resiste aos “novos tempos” e setores radicais ou não, procuram criar dificuldades para obter facilidades. 
A opinião pública assiste à troca de farpas travada entre Bolsonaro e a classe política, sendo que a ala militar do governo acompanha apreensivo o desenrolar dos fatos. 
Paralelamente, a dita “Santíssima Trindade”, composta por Flávio, Eduardo e Calos, filhos do “Rei”, procuram fantasmas em pleno meio dia e fazem o jogo da oposição que na verdade tem assistido ao espetáculo circense de jocosa repercussão, em confortável camarote.
A “Santíssima Trindade” é fonte inesgotável de problemas, ao lado desta alia-se o astrólogo, guru intelectual do “Rei”, antes um medíocre anônimo e agora, um medíocre de notoriedade passageira. Está feito o “imbróglio”.
Para desespero da torcida, o Presidente escalou líderes para o Congresso Nacional de sabida inexperiência o que em nada tem lhe ajudado e mais, tem sim prejudicado os destinos da nação.
Onde a experiência é essencial, temos novatos querendo dançar valsa com uma jovem de 15 anos, embalados por ritmo Funk. O descompasso é total. 
As bancadas de apoio ao governo estão cambaleantes, desajustadas e sem liderança que possa traduzir em votos e vitórias no parlamento, as ideias lançadas em campanha pelo Capitão 17.
O Capitão resiste e passou a ver fantasmas também ao meio dia e mais, tem se esforçado para que os mesmos apareçam com alucinações permanentes ao longo de todo dia e principalmente à noite.
A Nação precisa voltar a produzir, a economia precisa crescer, na indústria, comércio, agronegócios, exportação, etc... 
O Capitão 17 faz gracejos do economês e a bolsa se abala, o dólar dispara e o mercado se estarrece. Não se pode brincar com coisas sérias e onde não se domina o assunto e assim o mesmo Capitão 17, já se reconheceu como neófito, emite infelizes comentários de consequências cruéis.
Nestas horas, chama-se o Guedes para agir como bombeiro e acalmar o mercado e dar tradução inédita ao dito pelo não dito presidencial. Missão quase impossível.
A crise passa a existir pelas assombrações palacianas e familiares, incentivadas infantilmente pelo Capitão 17 que faz do direito ao armamento da população uma bandeira que não triunfa nos anseios do povo e de tiro em tiro, todos fora do alvo, a crise se avoluma e vai acabar Virando Coisa Séria!
O Capitão 17 vendeu esperança para uma população que não suportava mais os desmandos da era petista e parte destes descontentes o ajudou a subir a rampa do Planalto e a soma dos descontentes produziu sua vitória.
A campanha foi difícil, mas vitoriosa e agora é hora de mostrar serviço e não de fazer gracejos ou de caça fantasmas. 
O Presidente tem que descer do palanque e vestir efetivamente a faixa presidencial e transformar sonhos e esperanças em realidade. Gerar empregos, oferecer prestação médica de saúde de qualidade ao povo, educação infantil e universitária, reiniciar as milhares de obras paradas que sangram o orçamento, enfim, GOVERNAR.
No entanto, o Capitão 17 sob inspiração da “Santíssima Trindade”, vai às redes sociais e insufla manifestação popular de apoio ao seu governo para o próximo dia 26, onde erroneamente jogará a opinião pública contra o Congresso Nacional e baseado no respaldo popular se mostrará forte perante a classe política.
O país quer mudanças, de comportamento e implantação de políticas efetivamente públicas e não idolatria, conforme pregou o Pastor congolês atribuindo ao Capitão 17, poderes divinos. Menos!
Erram o Presidente e a tal “Santíssima Trindade” que agindo infantilmente, se transformam no pelotão destrambelhado da impagável LOUCADEMIA DE POLÍCIA.
Acorda Capitão, o povo já falou e bem alto, cabe-lhe assumir suas responsabilidades e jogar a favor de seu nauseante desgoverno.
Tempos atrás havia um humorista de nome JÔ, era até engraçado e num quadro pitoresco alertava seu amigo, marido de uma morena escultural que insistia em não lhe dar atenção e o lembrava: VAI PRA CASA PADILHA!
Se assim não o fizer e se até agora não ouviu a Voz das Urnas, ouvirá realmente a Voz das Ruas que em alto e bom som clamará: Vai pra  casa  Bolsonaro! 
É tudo o que o País Não Precisa No Momento.

(*) Clodoaldo Pacce Filho é advogado e Coordenador de interior do Governo João Dória

Clodoaldo Pacce Filho (*)



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