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ARTIGOS

18/05/2019

A Psicologia e a produção de saberes científicos

Atualmente, quando falamos em Psicologia já não parece tão difícil imaginar profissionais ou estudantes do curso de formação de psicólogos. Para alguns, até mesmo o contato com profissionais em diferentes campos de serviço – na clínica, no trabalho, na saúde – já aconteceu alguma vez ou faz parte da vida cotidiana. A Psicologia é hoje uma profissão consolidada que tem presença e participação crescente na vida cotidiana. Mas não foi sempre assim e não é difícil lembrarmos de tempos não tão distantes quando a Psicologia despertava desconfiança e havia dúvidas sobre sua serventia. Afinal, Psicologia para quê? O que torna os saberes da Psicologia diferentes daqueles saberes do dia-a-dia? Por que uma conversa com profissionais da Psicologia não é a mesma coisa que uma conversa entre amigos?
Bem, as respostas a essas perguntas envolvem considerarmos que a Psicologia é uma ciência. Para tornarem-se científicos, e depois para constituírem uma profissão, os saberes psicológicos percorreram um longo caminho. Longo mesmo: sua origem sistematizada remete à Filosofia que foi produzida no período que chamamos de Antiguidade. Isso quer dizer que as origens da Psicologia como ciência, e de todas as outras ciências, está na Filosofia produzida há mais de 2500 anos. O modo de os filósofos construírem teorias e reflexões sobre todas as coisas do mundo é o berço das ciências como Matemática, Astronomia, Física, Química, Medicina, Psicologia entre outras, todas fundamentais para a produção de saberes que vêm facilitando a nossa vida e criando possibilidades antes inimagináveis. Sem Filosofia não teríamos construído ciências.
Nos moldes do saber científico, cujos critérios foram estabelecidos mais tarde, no século XVI, a Psicologia abarca saberes que, ainda que possam se aproximar dos conhecimentos cotidianos, também podem ser muito diferentes deles porque são produzidos de um outro modo. Esse modo de produzir os conhecimentos que reconhecemos como ciência inclui definir nitidamente qual é a “coisa” que vai ser estudada. Em linguagem científica: qual é o objeto que vai ser investigado. Em Psicologia, estudamos a pessoa, o indivíduo, o que não significa separá-lo do lugar, do tempo e do contexto em que ele vive. Outro passo fundamental é como estudar esse objeto. Afinal, o objeto precisa ser estudado de modo aprofundado, planejado, sistematizado e rigorosamente descrito. Para estudar com essa complexidade um objeto é necessário conhecer o que já foi produzido antes de nós e que fica registrado, numa linguagem conceitual e minuciosa, em livros, revistas e, atualmente, também em bancos de dados digitais na internet. O que resulta disso, precisa ser discutido, questionado, testado e avaliado para que possa, então, vir a ser utilizado e acessado pelas pessoas no dia-a-dia. Reprovar, criticar e atualizar esses saberes, sempre a partir dos critérios científicos, é fundamental e faz parte das atividades dos cientistas e profissionais. 
A Psicologia foi reconhecida como área do conhecimento que atendia a esses critérios de ciência no século XIX e, no Brasil, foi reconhecida como profissão em 1962. Os profissionais da Psicologia estudaram a história dessa ciência e também suas teorias, métodos e instrumentos de trabalho e devem zelar, nas suas atividades, para que as pessoas tenham acesso a um serviço qualificado e científico que envolve um rigoroso cuidado ético. Dar continuidade à produção de conhecimentos em Psicologia também pode ser uma atividade desses profissionais que, principalmente nas universidades, desenvolvem novas pesquisas e trabalham para que cada vez mais pessoas possam ter acesso a esses conhecimentos. Afinal, o objetivo dos saberes científicos produzidos deve ser possibilitar que todos vivamos melhor! 

(*) Jéssica R. R. Stefanuto é psicóloga, Mestre em Educação Escolar, doutoranda em   Educação e professora na FUNEPE

Jéssica Stefanuto (*)



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