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ARTIGOS

16/04/2019

Música Sertaneja: Cultura Caipira

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Amigo amante da música sertaneja hoje vamos conhecer um pouco do histórico da nossa cultura de vida caipira que teve início com o Bandeirismo, um movimento de desbravamento do interior do estado de São Paulo pelos colonizadores portugueses, no século XVI. Antonio Candido definiu como Paulistânia todo o eixo de expansão e difusão da cultura bandeirante. Região esta onde se fixou o que entendemos por cultura caipira. Os estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, metade Norte do Paraná, parte de Tocantins, parte do Mato Grosso e regiões como Sul de Minas e Triângulo Mineiro, são os locais onde se ambientaram esses valores. As sucessivas adaptações por que passou o colonizador durante o bandeirismo fez com que a vida do caipira primitivo assimilasse e conservasse suas origens nômades e aventureiras, promovendo uma fusão entre a herança portuguesa e a herança dos nativos da terra. Essa característica de economia semi-nômade marcou a habitação, a dieta e o caráter do caipira paulista. Durante muito tempo (do século XVI ao século XVIII), esse estilo de vida predominantemente marcado pela segregação e rusticidades da vida rural representava uma economia fechada, voltada para a auto-suficiência respaldada pelos agrupamentos de vizinhança, na qual não fazia sentido o acúmulo de capital.
Mais recentemente, a partir do século XIX, a cultura caipira vivenciou a ascensão e a consolidação do modelo capitalista de economia, impulsionado pela revolução industrial, que concorreu para grandes transformações no modo de vida tanto do homem urbano como rural, manifestando os sintomas da crise social e cultural pelo qual ainda vive a sociedade. Assim, o caipira desse segundo momento histórico passou por grandes mudanças. Primeiro, como pequeno agricultor, não conseguia mais prover por inteiro as próprias necessidades alimentares, pondo fim ao regime de autossuficiência, devendo recorrer aos estabelecimentos comerciais da vila, incorporando assim, o sistema comercial das cidades e a necessidade de acumulação de capital para aquisição de bens materiais e novas tecnologias que facilitavam o trabalho no campo. A cultura caipira foi ainda marcada por uma vida lúdico-religiosa bastante intensa e importante dentro de sua organização social. As festas e as idas às igrejas nos finais de semana favoreciam o convívio social sinalizado por hábitos alimentares e religiosos, dialeto e músicas bastante peculiares a esse grupo.
Semana que vem tem mais sobre nossa cultura caipira, abração.

 

(*) Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) tem o programa ‘Clube do Caipirão’ na Rádio Ativa FM 93,5 - segunda a sexta das 04:00 as 06:30 da manhã, domingo das 05:00 as 10:00 horas - www.clubedocaipirao.com.br . Caipirão escreve as terças-feiras para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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