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ARTIGOS

07/04/2019

Dos Atos aos pagãos

Os Atos dos Apóstolos retratam o início da comunidade (igreja) cristã. Nos primeiros capítulos já vemos a liderança de Pedro na conversão e organização da Igreja, resolvendo os muitos problemas que ela enfrenta. 
Porém, não foi Pedro a iniciar a pregação aos pagãos, foi um discípulo menor, Filipe, um dos sete diáconos (At 6,5 e 8,5). A conversão foi do eunuco etíope (At 8,26-40). E por que é um fato muito importante? Primeiro, a Etiópia ficava ao sul do Egito, porta para a África negra. Naquele tempo era o reino de Méroe, governado por rainhas que tinham o título de Candace. Os romanos jamais conquistaram esse reino, que por isso ficava nos “extremos da terra”, isto é, do império, conforme preconizado por Cristo (At 1,8).
O etíope, um negro, mostra que o Evangelho transpõe “raças”, não era somente para os brancos do Ocidente. E, mais, ele era um eunuco, isto é, um homem castrado para servir uma rainha, segundo o costume. Porém, os castrados não podiam frequentar as reuniões no Templo (Dt 23,1). E, não acabou, era um escravo, embora fosse ministro. Resumindo, o cristianismo acolhe a todos, começando pelos mais marginalizados. 
E, ainda mais importante, o texto mostra como era feita a iniciação cristã einiciação feita por um helenista (judeu convertido, de língua grega), Filipe, que terá forte impacto em Paulo que logo se converteria. Essa passagem lembra muito a dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35).
Em seguida, acontece a conversão de Paulo (At 9), uma mudança radical, de perseguidor a perseguido. O então Saulo devia ter 28 anos e bastante prestígio, pois até conseguira licença do Sinédrio para perseguir os cristãos em Damasco, na Síria. No meio do caminho, Paulo é atingido por uma luz que vinha do céu. Ouviu uma voz que dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Sinal certo que Jesus ressuscitado está presente nas comunidades e perseguir as comunidades (igrejas) é perseguir o próprio Jesus. Derrotado, Paulo, cego, obedece a voz e segue para a cidade. E só vai enxergar de novo quando entrar em contato com a comunidade (personificada no discípulo Ananias).
A comunidade cristã de Damasco acolhe Paulo como irmão (9,17). O diálogo mostra o temor da comunidade e, ao mesmo tempo, a grandeza do que está acontecendo. Jesus inverte as situações. O grande perseguidor se tornará um grande apóstolo. Deus quer grandes transformações.
Então, finalmente, Pedro dirige-se aos pagãos (At 10,1-48), a Cornélio, um prosélito, isto é, um simpatizante da religião judaica. Até então, os convertidos eram judeus-hebreus, de língua aramaica, ou judeus-helenistas, de língua grega. Um grande problema para Pedro, pois pela lei de pureza, um judeu não podia comer na mesma mesa com um pagão.
Cornélio tem uma visão e manda buscar Pedro que estava em Jope. Ao mesmo tempo, Pedro também tinha uma visão que se encerra com um comando: o que Deus purificou não chames tu de impuro. E isto se repetiu três vezes Sugestivo!
Na casa de Cornélio, o dom do Espírito Santo derramou-se também sobre os pagãos, admirando os fiéis da circuncisão profundamente. Então, Pedro mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo.

(*) Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

Mario Saturno (*)



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