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ARTIGOS

02/03/2019

45 anos já se passaram...

 "O homem vale o que é diante de Deus; nada mais além disso".

Aos 19 anos de idade, completados no dia 02 de Fevereiro de 1974, e no dia 28 daquele mesmo mês, às 07:30h, exatamente uma quinta-feira como hoje em que estou escrevendo este texto, com o coração apertado e muito triste, embarquei em um ônibus para São Paulo, na antiga estação rodoviária de Penápolis. Eu estava me mudando da minha querida terra natal e iria morar em São Caetano do Sul, onde cursaria a Faculdade de Educação Física, na Escola Superior de Educação Física daquela cidade, durante os anos de 1974 a 1976. Foi um dia muito triste na minha vida, mas eu tinha que me formar e tentar algo para trabalhar, já que o meu saudoso pai, Jamil Abdalla, havia perdido tudo o que havia conseguido na vida, quando era comprador de café, para o extinto IBC (Instituto Brasileiro do Café), durante uma grande c rise mundial, no final da década de 1950 e em Penápolis eu não visualizava qualquer trabalho que pudesse fazer. Como eu sempre pratiquei esportes, fui convencido pelo meu querido e falecido primo, Régis José Kulaif, a cursar Educação Física. Agradeço ao meu primo, pois tive a certeza de fazer a coisa certa. Eu não tinha condições de pagar as mensalidades da faculdade, mas por meio da minha participação na equipe de atletismo daquela instituição de ensino, fui contemplado com uma bolsa de estudos, além de já começar a trabalhar no antigo INPS, naquele mesmo ano de 1974.  Naquela longínqua manhã, despedi-me do meu amigo, irmão e hoje compadre, Alcides da Silva Antunes, o "Cidão", ou o "Passo Preto", para nós e para os ex-alunos do antigo Colégio Agrícola Estadual de Pen&aac ute;polis, onde também estudamos por três anos. Fiquei exatamente 40 anos, 8 meses e 2 dias longe de Penápolis, mas sempre que era  possível, vinha vistar a minha cidade. Não foi nada fácil para mim, principalmente nos primeiros anos, com o agravamento proporcionado pelas saudades da terra de Maria Chica. Residi em São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Belém do Pará, Angra dos Reis, Salvador e São Carlos. Deus me proporcionou trabalhar em todas as áreas da Educação Física e, em 1980, por meio de um concurso público nacional, ingressei na querida Marinha de Guerra do Brasil, onde galguei os Postos de Tenente, Capitão e Capitão-de-Corveta (equivalente a Major), exercendo vários cargos militares e, em 2001, solicitei a minha transferência para a Reserva Remunerada, pois já pensava em retornar para Pe nápolis. Nesse tempo todo em que fiquei longe daqui, namorei e me casei com a minha querida esposa, professora, Bernadete, tendo o nosso Pai Celeste, nos presenteado com dois filhos exemplares e amorosos (Valéria Regina e Gabriel), nossas duas luzes abençoadas que o Senhor nos emprestou para que tomássemos conta, como costumo dizer. Nosso genro, Jairo Luís e nossa nora Viviane também foram e são grandes presentes de Deus. Finalmente, no dia 30 de Outubro de 2014, Deus permitiu que eu realizasse o sonho de retornar por todo o sempre, espero, para a minha amada Penápolis. Como Penápolis cresceu e progrediu! Quanto progresso alcançou, com tantas melhorias e qualidade de vida! Penápolis será cada vez melhor, a cada dia que passa!  Hoje, da minha família original, todos já são falecidos (meus pais, Jamil Abdalla e Adelaide Mastrantonio Abdalla, e minhas irmãs, Regina Célia Abdalla Valério e Ana Maria Abdalla). Tenho muitas saudades do meu tempo de criança e adolescência, dos antigos carnavais (onde também fui percussionista, no Trio Elétrico, que saiu às ruas da cidade, nos carnavais dos anos de 1971 a 1973), de amigos tão queridos, alguns vivos e outros já morando na Eternidade, das pescarias clandestinas no Lago Azul (eu não era sócio e entrava no clube pelos fundos), dos treinamentos na equipe mirim de basquete de Penápolis, comandada pelo amigo Espingarda, das corridas pedestres realizadas em Penápolis, no Colégio Agrícola e nas cidades de Araçatuba, Birigui e Andradina (éramos patrocinados com as passagens de ônibus e camisas, pela OCEU), pelo"segundão" da antiga SOPECO (eu era lateral esquerdo) e outras tantas lembranças queridas, guardadas no nosso coração e na nossa memória. Mas de coração, agradeço a Deus pelas dificuldades que enfrentei nesse longo período de ausência de Penápolis, em que superei muitos obstáculos e  segui em frente. Agradeço pela minha vida (a vida é o melhor presente de Deus que podemos ter), minha família, meus amigos, meus antigos professores e tudo o que Deus me proporcionou por meio de muitas lutas e conquistas que realizei, onde sempre priorizei o "SER" e não nunca o "TER". A mensagem que eu gostaria de deixar a todos (principalmente para os mais jovens), após o regresso em definitivo para a minha terra natal é: "não percam a oportunidade de fazer o bem." Nunca parem de sonhar e busquem realizar todos os sonhos com perseverança, honestidade, responsabilidade e justiça. Nunca se esqueçam também, que "aquilo que focamos , expandimos." Que Deus continue abençoando Penápolis e a todos e que nunca nos esqueçamos de que tudo o que somos e temos, recebemos gratuitamente do "ALTO". Recebam o meu fraterno abraço em Cristo. Como diz o escritor Fernando Pessoa, "tudo vale a pena, quando a alma não é pequena!!
 
(*) Cordialmente, José João Abdalla (pardal) E-mail: jj.abdalla@bol.com.br

José João Abdalla (*)



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