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ARTIGOS

17/11/2018

Excesso do consumo de bebidas energéticas

Atualmente tem aumentado cada vez mais a busca por um corpo perfeito, o qual é composto por baixa porcentagem de gordura corporal associado a grande volume de musculo esquelético. Entretanto, mesmo havendo uma relação direta com a saúde fisiológica do organismo, nem sempre a aquisição desse modelo de corpo perfeito se dá por meio de vivencias saudáveis. De forma saudável, conseguir um corpo desejável depende de vários fatores, dentre os quais podemos destacar: Realizar dieta balanceada (Destaco aqui o papel fundamental dos e das profissionais do curso de Nutrição); acompanhamento médico para avaliações de aptidão física (fundamental para saber se há ou não alguma patologia que possa colocar em risco as pessoas quando submetidas a esforço); acompanhamento de um profissional com formação em educação física (fundamental na realização de uma periodização de exercícios físicos (para que seja bem descrito a intensidade e Volume de treinamento, minimizando com isso os riscos de ocorrências de lesões e até mesmo risco mais graves).
Poderia nomear vários fatores praticados na busca de conseguir adquirir um “Shape” (Corpo sarado) que possam comprometer diretamente a saúde do organismo, mas o bate papo dessa vez será sobre o uso de Bebidas Energéticas. 
Normalmente à base de cafeína, taurina, glucuronolactona, vitaminas, extratos de ervas, e aminoácidos, as Bebidas Energéticas são comercializadas como o objetivo de elevar o estímulo mental e aumentar a resistência física. Vale dizer que essas bebidas são muito 80% dos atletas universitários europeus e norte-americanos confirmaram terem usado com objetivo de potencializar seu desempenho. 
Mesmo com a alta demanda do mercado, os benefícios parecem ver contraditórios, tornando assim difícil a obtenção de conclusões plausíveis. Entretanto, o que mais causa espanto na comunidade científica são as altas concentrações de cafeína encontradas nas Bebidas Energéticas. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA) (Organização Governamental responsável por proteger e promover a saúde pública através do controle e supervisão da segurança alimentar) dos Estados Unidos, o uso de até 400 mg • d -1 de cafeína (que equivale em aproximadamente entre quatro e cinco xícaras de café) diária, em geral não está associada a efeitos negativos perigosos” para indivíduos adultos saudáveis. Porém, bebidas com concentrações de cafeína superiores poderia causar sérios problemas em adultos e certamente crianças e adolescentes.  
Atualmente tanto a comunidade científica como a mídia, os governos, os departamentos esportivos e o público em geral apresentam preocupações sobre o uso das Bebidas Energéticas com segurança. Esse fato se dá pela ocorrência de eventos associados ao uso dessas com problemas de sono, ansiedade, cardiovasculares, convulsões e até a morte. De fato essas preocupações são importantes principalmente no que diz respeito à populações de com mais vulnerabilidade como pessoas com menos de 18 anos, mulheres grávidas ou lactantes, indivíduos com alta sensibilidade à cafeína, indivíduos que tomam estimulantes ou outros medicamentos à base de cafeína, com condições cardiovasculares comprometidas. 
Frente ao que foi descrito, deixo as recomendações do ACSM (Colégio Americano de Medicina do Esporte). 
Sobre declaração oficial, o ACSM divulgou recomendações sobre Bebidas Energéticas: 
Protegendo crianças em risco: Crianças e adolescentes parecem estar particularmente em alto risco de complicações de bebidas energéticas devido ao seu pequeno tamanho corporal, sendo relativamente ingênuos à cafeína e potencialmente pesados e frequentes padrões de consumo, bem como as quantidades de cafeína. A mensagem de que essas bebidas não são destinadas a crianças precisa ser reforçada e amplamente divulgada.
Interrompam o marketing para grupos de risco, especialmente crianças: o marketing não deve atrair populações vulneráveis. Atualmente, os fabricantes de bebidas energéticas anunciam em sites, redes sociais e canais de televisão que são altamente atraentes para crianças e adolescentes. O marketing direcionado para eventos esportivos e outros eventos envolvendo crianças e adolescentes não deve ser permitido.
Não use bebidas energéticas antes / durante / após exercícios extenuantes: independentemente do nível de saúde e de condicionamento físico, e até que estejam disponíveis dados adequados de segurança e eficácia, as bebidas energéticas devem ser evitadas antes, durante ou após atividades extenuantes. Algumas mortes devido a bebidas energéticas ocorreram quando pessoa as consumiam antes e / ou depois de realizar atividades extenuantes.
Mais educação e dados necessários: Investimento em conscientização e recursos educacionais com destaque sobre os potenciais efeitos adversos associados ao uso de bebidas energéticas é necessário. Esforços significativos devem ser feitos para educar os consumidores sobre as diferenças claras e presentes entre refrigerantes, café, bebidas esportivas e bebidas energéticas. A educação sobre bebida energética também deve ser uma prioridade nos currículos escolares relacionados à nutrição, saúde e bem-estar.
Uma agenda de pesquisa deve ser desenvolvida para priorizar questões-chave sobre os efeitos agudos e crônicos do uso de bebidas energéticas. No mínimo, os estudos padrão de segurança e eficácia devem ser realizados e submetidos ao FDA pelos fabricantes. Pesquisas bem projetadas e controladas são necessárias para examinar a crescente frequência de eventos adversos relatados pelos departamentos de emergência.
Os profissionais de saúde devem conversar com seus pacientes sobre o uso de bebidas energéticas e relatar eventos adversos a agências de vigilância, como os Centros de Controle de Envenenamento, a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo e a FDA. Um registro nacional deve ser criado para rastrear especificamente os efeitos colaterais das bebidas energéticas com exigências de relatórios obrigatórios.

Outras recomendações específicas incluem:
- não deve ser consumido por crianças ou adolescentes;
-não deve ser consumido por outras populações vulneráveis, incluindo mulheres grávidas ou a amamentar, indivíduos sem cafeína ou sensíveis ou indivíduos com problemas cardiovasculares ou médicos;
-não deve ser usado para hidratação esportiva;
-não deve ser misturado com álcool;
-ter um rótulo informações como "alta fonte de cafeína" ou "não misture com álcool".

Obs.: Não há conflito de interesse sobre os dados aqui apresentados. O objetivo é levar informação a quem é leigo no assunto para que ele não sofra futuramente com os efeitos colaterais.

(*) Prof. Dr. Fernando Fabrizzi - Graduado em Educação Física, Mestre e Doutor em Ciências Fisiológicas. Coordenador do Curso de Bacharelado em Educação Física e Diretor no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da FUNEPE – CCBS-FUNEPE

Fernando Fabrizzi (*)



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