18/05/2018

23 anos

Isso mesmo. Esse é o tempo atual que indica o fim de alguma coisa em relação a vida humana.
Quem não passou do razoável nesta idade terá uma vida horizontalizada.
Poderá mudar se ganhar na mega sena, mas que pouco produzirá porque não tem estrutura para desenvolver e logo se extinguirá se não for assassinado por pretensos novos íntimos.
Assim está muito bem determinado pelo futebol.
O campeonato da 2ª divisão (4ª divisão) de futebol, no Estado de São Paulo, já delimita a idade máxima de 23 anos para jogadores.
Está o futebol nos mostrando a realidade que vivemos. Por isso os sistemas de educação devem se ajustar para conduzir o processo educacional voltado para esse limite, colocando orientadores educacional voltados para esse limite, com ação junto aos alunos e incursões planejadas juntos às famílias. Deve ser de forma intervencionista mesmo. Isso não será ditadura. 
Ditadura mesmo é essa que vivemos atualmente. É a ditadura democrática muito pior que o uso da força. Usa uma força misteriosa, ou psicologicamente estudada que mina a mente humana. Isso ocorre em todas as filosofias partidárias que, de qualquer lado, estão embotando a mente humana levando a uma disputa aparentemente oposicionista. Mas tudo igual quando o ser humano acredita que existem lados opostos, que disputam a mesma maneira de conduzir os destinos do povo.
Por isso estamos assistindo a um assombroso aumento da burocracia, parece com o objetivo de desviar a atenção do real processo.
Faço alusão ao futebol que está se organizando de forma a ser considerado como ópio que embala e distraí o povo desviando sua atenção da realidade.
Aqui, no Brasil, desvia-se tanto a atenção dos problemas sociais e econômicos levando o povo a assistir jogos de futebol de campeonatos europeus. Esquecem da realidade brasileira. Como a imprensa brasileira tem como foco o projeto lava jato, que só trata de desvios de milhões de dólares, o futebol europeu só trata de jogadores e clubes que falam só em milhões, chegando ao ponto de divulgar que determinados jogadores já recebem em milhões por semana.
Isso é humilhar o povo trabalhador.
Enquanto isso, num cantinho de jornal, deste inicio de maio, uma pequena tira traz a convocação de aprovados em concursos público para ingresso em concurso público para ingresso em 450 vagas de Professor de Educação Básica – PEB I, no Estado de São Paulo com salário inicial de R$ 1841,51 + abono (?).
Abono que deve ser para completar o salário do piso nacional.
Acho que está na hora do povo abandonar esses campeonatos e se voltar para os campeonatos interioranos cujos jogadores mais bem pagos não ganham mais que 4 – quatro salários mínimos. Mas jogam com amor a sua cidade e região.
Se não nos organizamos para excluir essas ditaduras democráticas, pior que a sua antecessora, a militar, logo os milhões, que tanto a imprensa divulga e humilha o povo trabalhador, vão virar pó, porque em menor tempo que se espera esse planeta será destruído pelo próprio homem. Vai se transformar, como o planeta Marte, em imenso deserto, coberto por cédulas de todos os tipos de dinheiro voando pelos ares sem nenhuma mão para pegá-los. E os 23 anos perder-se-ão na infinidade!

(*) Vanir Cavicchioli é penapolense e ex Diretor das EE Marcos Trench e Augusto Pereira de Moraes, ex Supervisor de Ensino na DRE de Penápolis, ex Professor e ex Diretor da FFCL de Penápolis, ex Supervisor de Ensino na DER Lins. Escreve toda sexta-feira para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: vanir-cavicchioli@bol.com.br

Vanir Cavicchioli (*)