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ARTIGOS

10/10/2017

Música Sertaneja e a Padroeira do Brasil na década de 1960

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Olá amigos amantes da música sertaneja, vamos contando um pouquinho da história da nossa música caipira e suas curiosidades.
A Década de 1960, foi o início da desaceleração da música regional, quando a música caipira começou a perder espaço com o avanço da televisão, principalmente para a bossa nova. Apesar da  perda de espaço com o avanço da tecnologia, foi uma década muito importante na música sertaneja.
Período este marcado por importantes festivais, como o da Rádio Nacional, onde se revelaram alguns novos talentos.
Foi nesta década que surgiram Craveiro e Cravinho, Belmonte e Amaraí, Abel e Caim, Canário e Passarinho, Lourenço e Lourival, Gilberto e Gilmar, entre outros.
Como compositores destacam-se nesta década Luiz de Castro e José Caetano Erba.
Em 1963 a dupla Tonico e Tinoco decidem ir para o cinema e estreiam com “Lá No Meu Sertão”, gravado na cidade de Descalvado-SP. Neste filme Tonico e Tinoco contam a sua própria história até o momento.
Em 1965 participam do Filme “Obrigado a Matar”, gravado na cidade de Bofete-SP. Este filme foi baseado na Lenda de Chico Mineiro. O nome “Chico Mineiro”, não pode ser utilizado, porque o senhor Francisco Ribeiro, um dos compositores da música, não autorizou o uso do nome. É a história de dois irmãos que separaram ainda pequenos, e quis o destino que se encontraram muitos anos depois, e somente à morte revelou o parentesco entre eles.
Em 1969, Tonico e Tinoco voltam às telas do cinema com “A Marca da Ferradura”, gravado na Aldeia de Carapicuíba-SP. Estória Baseada na Peça Teatral “A Marca da Ferradura”, de autoria de Oliveira Filho e Tonico, contando que um homem cruel, que matara a mulher por ciúmes e que odeia a filha cega, domina a região rural do interior de São Paulo. Regressando à cidade depois de muitos anos, Tonico e Tinoco disfarçam-se em mascarados e procuram fazer justiça. O homem cruel, num último acesso de fúria, se converte quando a filha, no altar de Nossa Senhora, recupera a visão.
Muitas músicas em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, foram gravadas nessa época.
- O Milagre de Tambaú – Palmeira e Biá (1955)
- Aparecida do Norte – Tonico e Tinoco (1958)
- Romaria a Aparecida – Luizinho e Limeira (1959)
- A Marca da Ferradura – Tonico e Tinoco (1960)
- Romaria – Luizinho e Limeira (1961)
- Ceguinha – Abel e Caim (1968)
- Virgem Aparecida – Vieira e Vieirinha – (1968) e
- Milagrosa Nossa Senhora – Tonico e Tinoco (1969)
Existem inúmeras canções sertanejas dedicadas a Padroeira do Brasil gravadas em outras épocas.
A década de 1960 foi uma época de reformulação da música caipira, onde passou a ser usada guitarra e instrumentos elétricos nas gravações, tornando-a mais moderna.
Segundo a pesquisadora e jornalista Sandra Cristina Peripato a década de 1960 pode ser classifica como sendo a segunda geração da música sertaneja, pois a partir daí as canções vão deixando de usar o nome de caipira e passando a usar o nome de sertaneja, devido as influências e novos ritmos que passam a fazer parte do gênero.
Tonico e Tinoco não se curvaram as tais mudanças. Quando a gravadora Continental exigiu que colocassem guitarra elétrica em suas gravações, eles ficaram sem gravar durante dois anos.
O gênero sertanejo/caipira evoluiu e continua mudando conforme o crescimento da população e as novas tecnologias dando mais brilho e potência na qualidade sonora, assim também aconteceram com os instrumentos, letras e vocabulário utilizados.
Amigos, semana que vem tem mais curiosidades e histórias da música sertaneja grande abraço.

(*) Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) tem o programa ‘Clube do Caipirão’ na Rádio Ativa FM 93,5 - segunda a sexta das 05:00 as 07:00 da manhã, domingo das 05:00 as 10:00 horas - www.clubedocaipirao.com.br . Caipirão escreve as terças-feiras para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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