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ARTIGOS

07/10/2017

Primavera

Lá se vão várias primaveras. São anos vividos. Contados a partir da estação do ano parece que mais esperada. É momento de renovação. Na frente da minha casa tem um pé de sibipuruna. Plantei uma muda minúscula. Vivia questionando pessoas que enfiavam caminhonetes quebrando seus tenros galhos. Ainda tinha menos de 2 metros de altura.
Hoje está frondosa. Sombra para quem quiser. Não sou dono da rua, mas quero a preservação daquela árvore. Chegando a primavera as folhinhas caem todas em alguns dias. Imediatamente surgem os botões e logo está coberta de folhas novas. Em seguida vem novos botões. Agora com flores amarelas como ouro. E, em três ou quatro dias estão todas no chão que fica dourado. Parece coberto de ouro. 
Mas ouro que fascina pois vem de natureza. Desde que o mundo é mundo. Ainda bem que políticos que governam este país ainda não mandaram pesquisar se realmente aquelas flores não são ouro de verdade. Coitadas dessas árvores. Seriam dizimadas em pouco tempo.
Também as acácias e os ipês amarelos florescem e deixam a sensação de que o ambiente está enriquecido.
Triste mesmo é o esquecimento de algumas árvores que tanta riqueza trouxe para os exploradores da época.
Estão esquecidas as perolas, que alimentaram muitas fornalhas de locomotivas e outros fornos.
A aroeira que tem suas madeiras sustentando até hoje muitas estruturas.
O cedro, o jatobá, a imbuia, o jacarandá, o mogno são árvores que produzem madeira que foram muito utilizadas em móveis.
Os ipês assumiram a condição de árvores símbolos.
Sucedem araucárias, ou pinheiros do Paraná, que já sucumbem.
Nos dias de hoje os eucaliptos, tão desprezados é que fornecem a madeira para ser moída e prensada para se tornar a moderna madeira que tem bela aparência pelo revestimento de placas de plástico. Tudo no ritmo atual, de período de validade muito curto. Logo aparecem como móveis descartados e relegados aos caminhões de recicláveis.
Tudo está mudando. Antigamente falava-se no pau-brasil como árvore símbolo do descobrimento.
Pouca gente conhece essa árvore que deveria ser obrigatória em todas as praças públicas.
Estou querendo ser retrógrado. Nem o Hino Nacional, nem o culto a Bandeira, nem os hinos pátrios são mais lembrados. Hino nacional só em jogos de futebol.
Que ninguém sabe cantar. Por uma brincadeira ingênua, quando estudava, em aula de música, fui obrigado a decorar todas as notas do hino nacional e solfeja-lo, nos quatro tempos, para recuperar a nota bimestral.
E assim fiz. Hoje o professor seria processado e condenado pois nos dias de hoje seria considerado como um agressor às liberdades e direitos individuais.
Pois isso seria considerado como uma punição dos “tempos dos militares”.
Por isso mesmo a Bandeira do Brasil e seus hinos parecem esquecidos como represália ao período da ditadura militar.
O que falar então ao pau-brasil? Que árvore é esta?
Em todo caso faz parte da natureza que tem a PRIMAVERA, que é intocável e alegra a vida de todos!

(*) Vanir Cavicchioli é penapolense e ex Diretor das EE Marcos Trench e Augusto Pereira de Moraes, ex Supervisor de Ensino na DRE de Penápolis, ex Professor e ex Diretor da FFCL de Penápolis, ex Supervisor de Ensino na DER Lins. Escreve semanalmente para o DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: vanir-cavicchioli@bol.com.br

Vanir Cavicchioli (*)



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