Vento volta a destelhar galpões do Incubadora

Os proprietários de indústrias que ocupam os boxes do Projeto Incubadora "Nemer José Ayub" voltaram a computar prejuízo ontem a tarde após uma rajada de vento, ocorrida por volta das 15h. Cerca de 10 boxes foram atingidos. Pessoas ouvidas pela Reportagem destacaram que os ventos não puderam ser considerados como fortes sugerindo uma suposta fragilidade da estrutura metálica do local. Há um mês o mesmo prédio havia sofrido uma ação semelhante da natureza quando parte do telhado, feito em material metálico, não suportou a força do vento e ruiu, atingindo na época cerca de sete galpões. Ao contrário de ontem, naquela ocasião os ventos chegaram a 55 Km/h. Proprietários ouvidos pela Reportagem reclamaram que, mesmo tendo levado o problema aos responsáveis pelo projeto, inclusive a administração municipal, praticamente nenhuma providência foi tomada para evitar que o problema voltasse a ocorrer. A proprietária de um dos boxes, Claudenice Terra Lemos, da empresa CRM Terceirização de Calçados, foi uma das mais prejudicadas. Parte de seu barracão já havia sido atingido da vez passada e ontem o que havia restado da cobertura ruiu por completo. Até então, de forma precária, uma corda de nylon sustentou o telhado por mais de um mês. Ao todo o número de galpões atingidos nas duas vezes chegou a 17. Ao contrário da primeira vez, quando o problema ocorreu durante a noite, desta vez foi durante o expediente de trabalho. "O telhado começou a balançar e rapidamente foi levantado", lembrou Claudenice. Ela aproveitou que vários encerados ainda estavam em sua empresa desde a primeira ocorrência e cobriu rapidamente o que pôde. Mesmo assim, detalhou, várias mercadorias foram danificadas.

Empresas são acomodadas
Tão logo o problema chegou ao conhecimento dos responsáveis as primeiras providências foram tomadas. Como o responsável pelo Projeto Incubadora, Lauriano Luis Ferreira, estava em viagem, vários departamentos da Prefeitura Municipal foram acionados. Segundo Suria Abucarma, chefe de Gabinete, o primeiro passo foi transferir as indústrias atingidas para outros espaços públicos. Dentre eles, o Ginásio de Esportes Nagib Sabino, Centro de Lazer e barracão da Expopen. "Todos serão acomodados até que a empresa responsável pela construção dos barracões repare os estragos", destacou Suria. Segundo ela, a Prefeitura irá realizar um levantamento dos danos com a finalidade de ressarcir os prejuízos. (SRF)

Foto: Corda sustentou o telhado de forma improvisada por cerca de um mês