Penápolis também oferece testes do HIV

DA REPORTAGEM

Durante esta semana muito se falou sobre o combate a AIDS em decorrência do dia mundial de combate à doença, em 1º de dezembro. Uma pesquisa divulgada neste dia revelou que desde 2006, os casos de Aids na faixa etária de 15 e 24 anos aumentaram mais de 50%, o que quer dizer mais jovens soropositivos. No resto do mundo, o número de novos casos de HIV entre eles, caiu 32% em uma década. Na população geral, quatro em cada mil pessoas são portadoras do HIV. Mas entre os jovens gays, esse número é 20 vezes maior: 100 em cada 1.000. Hoje, 150 mil pessoas no Brasil não sabem que têm a doença. Em Penápolis, não é diferente. De acordo com a coordenadora do Programa DST/AIDS e hepatipos virais de Penápolis, Teresa Rodrigues, a cidade também teve registro de jovens nesta mesma faixa etária portadores do vírus. Mesmo não divulgando números, ela revelou que entre os anos de 2013 e 2014, houve um aumento de 0,5%. Segundo ela, mesmo parecendo uma porcentagem bastante pequena, há casos que podem ser descobertos. “Hoje um exame rápido pode detectar a doença em apenas 20 minutos, o que tem motivado as pessoas a procurarem este exame, tirando a dúvida sobre a transmissão ou não deste vírus”, explicou. Teresa comentou que em Penápolis, assim como no Brasil, não existe mais um perfil do portador da doença. “Cada um tem sua vulnerabilidade, todos estão sujeitos à doença desde que não levada com seriedade e prevenida com responsabilidade”, ressaltou.  Uma das condutas mais importantes que devem ser adotadas é o uso do preservativo. A proteção ainda é a única chance de barrar a entrada do vírus em seu organismo. Outros cuidados como machucados nas mãos ou na boca, agulhas de injeção, também requerem cuidados, pois podem facilitar a transmissão. “Nossa sociedade já possui um pouco de consciência sobre o assunto, mesmo assim falar de proteção nunca é de mais, por isso é fundamental a preservação na hora da relação sexual, independente da opção sexual da pessoa”, afirmou. Um dos pontos positivos do assunto para Penápolis é que não existe registro na cidade, nos últimos anos, de transmissões verticais, aquelas onde a doença é passada de mãe para filho. Isso porque, segundo Teresa, o acompanhamento médico durante o pré-natal é de fundamental importância. “Quando a mulher engravida e não sabe se é portadora da doença, o exame é primordial para sua saúde e a do bebê. Uma vez detectada a doença, é iniciada a profelaxia na gestante, evitando a infecção do bebê”, explicou. 

O exame
Em Penápolis, o exame de HIV também é feito de forma rápida através do Serviço Ambulatorial Especializado em DST/AIDS e Hepatites Virais e o Centro de Detectagem e Aconselhamento. Dentre os testes rápidos está o de HIV, hepatite B e C e Sífilis. “A pessoas que querem fazer o exame, não precisa agendar horário, bastando apenas vir ao local, que fica aos fundos do CISA, e pedir para que seja feito o exame”, disse Teresa. O resultado sai em 20 minutos e existem profissionais no local que estão prontos para fazer o acolhimento das pessoas que desejam fazer o exame. “Muitas pessoas têm medo do resultado, por isso, quando chegam aqui são bem recebidas e passamos uma série de orientações para que ela se sinta a vontade para receber o resultado”, acrescentou. O exame é feito através de uma única gota de sangue com uma picada no dedo e existe garantia de sigilo do paciente. “O exame revelará sua condição sorológica e vai permitir o diagnóstico precoce para um tratamento mais adequado, além de se fazer a quebra da transmissão, por isso todos aqueles que possuem dúvidas ou que querem ter a garantia de não possuir a doença pode procurar no centro para que todas as dúvidas sejam sanadas e o exame realizado”, finalizou. Uma vez detectada a doença, todo o tratamento é garantido por meio do SUS.

(Rafael Machi)