Moradores pedem solução para barulho em avenida

DA REPORTAGEM

Com objetivo de acabar com incômodo provocado pelo barulho de som alto próximo de suas casas durante a noite, principalmente nos fins de semana, moradores dos residenciais Mário Sabino e Fernanda estiveram na manhã de ontem na Prefeitura Municipal participando de reunião com o Secretário de Trânsito e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Martins Teixeira. Eles querem uma ação do poder público para diminuir o constrangimento causado por pessoas que frequentam a avenida João Antônio de Castilho no período noturno com a utilização de som alto de seus carros, próximos das residências. O encontro teve a participação de representantes da Polícia Militar. A avenida, também conhecida como “Santa Leonor” se tornou o principal ponto de encontro entre os jovens nas noites de sexta-feira e sábado. Muitos deles vão ao local e ficam em rodas de amigos ou simplesmente circulando com veículos pela via. Segundo os moradores, o volume alto dos sons de seus carros gera grande incômodo para eles, pois o local é muito próximo das residências e, por muitas vezes, o abuso ocorre durante a madrugada. Os moradores alegam que a grande concentração de pessoas próximas a uma loja de conveniência também é inconveniente, pois algumas delas estariam praticando atos libidinosos, usando entorpecentes e fazendo algazarras nas proximidades das residências. Os moradores que não querem se identificar com medo de represálias, alegam que já foram ameaçados por conta de reclamações e que uma moradora chegou a ter uma garrafa atirada contra sua residência quando chegava ao local. 

Interdição
Visando amenizar os problemas, os moradores querem que parte da avenida João Antônio de Castilho seja proibido estacionar durante parte da noite e madrugada. A proibição já tinha sido determinado pela Secretaria de Trânsito ao instalar placas no cruzamento da avenida com a rua Elias Calil Sader e em trecho da rua Maria Nogueira, no período das 22h00 e 05h00 no trecho da rotatória na avenida Alayde Ferraz de Almeida até a Elias Sader, mas uma determinação do prefeito Célio de Oliveira (PSD), liberou o estacionamento. Por conta da proibição, diversos jovens que frequentam o local chegaram a se manifestar através de redes sociais contra a proibição. Durante o encontro realizado na manhã de ontem, os moradores pediram que o trecho entre a rotatória e a ponte central da avenida, ou pelo menos parte dele, seja interditado durante a noite e madrugada, impedindo que as pessoas parem seus carros no local e permaneçam com o som ligado com volume abusivo. Eles pedem que seja interditado o trecho entre a Elias Calil e a rua Cirilo Berinelli, também impedindo a aglomeração de pessoas próximo das residências.  “Infelizmente chegamos a um ponto que não dá para suportar. O bairro é residencial e isso tinha que ser respeitado. Muitas vezes há um exagero no volume do carro que vai até de madrugada, e as pessoas desrespeitam o espaço e usam o muro das casas para urinar, usar drogas e fazer algazarras”, comentaram. 

Razão
O secretário de Trânsito, Luiz Carlos Martins Teixeira, alegou que antes de tomar qualquer atitude é necessário agir com a razão e não com a emoção. “Entendo o problema que os moradores estão tendo naquela região, mas também temos que pensar que não podemos simplesmente proibir o estacionamento na área. Existe uma série de detalhes que precisam ser analisados, pensar no comércio ali existente e assim tomar as medidas conforme previsto na lei”, explicou. O secretário explicou também que uma medida já deverá ser tomada nos próximos dias para tentar amenizar o problema do barulho. “Vamos confeccionar placas de trânsito para serem instaladas no local proibindo ruídos abusivos entre às 22h00 e 06h00. Isso deve amenizar o problema de som alto em carros estacionados e em movimento”, disse. Mesmo com a solicitação dos moradores da região, Teixeira ressaltou que tudo será estudado pela administração para que o problema seja resolvido para os moradores e frequentadores do local. “Após estudarmos todas as possibilidades, marcaremos uma nova reunião entre os moradores, Polícia Militar, Promotoria e outros envolvidos, esperando termos a melhor resolução”, finalizou.

(Rafael Machi)