Golpistas fazem mais uma vítima no falso recadastramento

DA REPORTAGEM

Mais uma pessoa foi vítima, de golpe aplicado em Penápolis, onde pessoas se dizem funcionários de banco e precisam realizar a troca do cartão bancário. Desta vez, a vítima foi uma aposentada de 67 anos, moradora do centro de Penápolis. O caso ocorreu na última quarta-feira, mas só foi registrado na manhã de ontem. Segundo informações do Boletim de Ocorrência, a vítima disse para a polícia que recebeu um telefone de uma pessoa se identificando como funcionário do banco onde possui conta. Na ligação, a suposta funcionária alertou a aposentada de que sua senha de letras estaria vencida e que a mesma deveria ser renovada. Desta forma, a golpista disse que enviaria um funcionário do banco até sua residência para que a troca fosse realizada e o cartão atual descartado. Algum tempo depois, um indivíduo bem vestido procurou a aposentada em sua casa se identificando como o funcionário do banco que prestaria o serviço. O rapaz pediu o cartão da vítima e os documentos pessoais, anotado as informações, inclusive sua senha bancária. Enquanto conversavam, ele pediu que a aposentada pegasse um copo com água para ele. Quando retornou, picotou um cartão na frente dela alegando ser o seu, informando que ela deveria ir posteriormente à sua agência para pegar outro cartão. Dias depois, desconfiada de que poderia ser um golpe, ela procurou o banco e descobriu que haviam sacado R$ 3,5 mil em diferentes agências e que o seu cartão ainda havia sido usado para pagar R$ 64 em combustível. Diante dos fatos, ela procurou o Plantão Policial para registrar a ocorrência. Um inquérito deve ser instaurado pela Polícia Civil para que o fato seja investigado.

Golpes
Outros casos parecidos já aconteceram na cidade nos últimos meses. Em entrevista ao DIÁRIO DE PENÁPOLIS, o delegado Heweraldo Weber Gonçalves, disse que as vítimas têm sido pessoas idosas, sendo todas abordadas de forma bastante parecida: eles vão até à casa da vítima e conseguem pegar informações bancárias, como senha, e até o cartão da pessoa para realizarem saques posteriormente. O delegado explicou também que quando os golpistas chegam à casa da vítima, sempre bem vestidos, começam a conversar como se estivessem realizando o procedimento de recadastramento, chegando a solicitar o cartão e a senha da conta. “É justamente durante esta conversa que os estelionatários ganham a confiança. Além de estar bem trajados, se mostram bastante íntimos até conseguirem tudo o que querem da vítima, que acaba caindo na conversa destas pessoas e passam todas as informações”, disse. Neste momento, e para ‘comprovar’ que o procedimento estava feito, os golpistas, sem que a vítima perceba, tiram outro cartão e o quebram na frente dos idosos, dizendo que não tinha mais validade. Já de posse dos cartões os criminosos passam a fazer saques nos caixas eletrônicos, cujos valores variavam de R$ 500 a R$ 1 mil, geralmente em agências de outras cidades. “Os bancos alertam que não fazem contato com os clientes por telefone para recadastramento ou qualquer outro procedimento, tudo é feito somente na própria agência da pessoa. Outro alerta é de que nem mesmo funcionários são autorizados a pedir a senha, que deve ficar somente com o próprio cliente, não devendo ser repassado a ninguém. Por isso estamos alertando as pessoas para que não caiam em golpes como este, devendo haver mais atenção”, finalizou o delegado.

(Rafael Machi)