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CIDADE & REGIÃO

30/01/2009

Crise na maternidade: Direção prepara proposta para os médicos

A direção da Santa Casa de Penápolis preparou uma proposta de aumento nos rendimentos dos médicos plantonistas que, segundo o supervisor da entidade, Antônio Crosatti, equipara aos preços oferecidos aos trabalhadores que atuam na maternidade da Santa Casa de Lins. Desde terça-feira os quatros médicos que atendem a unidade de Penápolis decidiram fechar a unidade, sob a alegação de não poderem trabalhar sem um profissional anestesista e também para reivindicar um aumento no valor oferecido aos plantões. A proposta, segundo Crosatti, seria apresentada ontem durante uma reunião marcada para as 17h00, entre os médicos e a diretoria. O encontro deveria ter ocorrido às 12h00, mas, como um dos médicos, Manoel Carlos Pinotti teve problemas particulares, o encontro foi transferido para o final da tarde. Atualmente, ao contrário dos valores divulgados na edição de ontem, conforme destacou o superintendente, os médicos recebem R$ 250,00 para trabalharem 12 horas e mais um montante por produção. A proposta da direção é R$ 350,00 pelo mesmo período trabalhado, mas sem a diferença por produção.
Até ontem a tarde a maternidade permanecia sem oferecer atendimento e as gestantes que precisassem utilizar o serviço estavam sendo encaminhadas para outros hospitais, como Araçatuba e Promissão. O superintendente classificou a situação como caótica e criticou a atitude dos médicos. “A direção está aberta para as negociações e um setor tão importante não pode ficar parado por questão salarial”, afirmou Crosatti.
A comunicação, segundo o superintendente, foi feita pelos médicos por meio de uma carta, quando anunciaram que a citada ala estava fechada, em atitude apontada pelo diretor como ‘drástica demais’. Outra alegação dos médicos, de que faltam anestesistas, para Crosatti não tem fundamento. Segundo o superintendente, apesar da Santa Casa ter passado pelo problema recentemente, já ocorreram às contratações e existe profissional trabalhando desde sábado.
Além de Manoel Pinotti, trabalham na maternidade os médicos Carlos Augusto Felipe Valente, Elisa Kinuko Fugie e Flávio Sakamoto. A atitude também foi criticada pelo prefeito João Luís dos Santos, que achou que faltou um pouco mais de diálogo por parte dos trabalhadores. Atualmente a Prefeitura está auxiliando a manter a Irmandade da Santa Casa, que é uma entidade filantrópica, através de um contrato de gestão. O auxilio ocorre na gestão e no aporte financeiro.

Médico atribui paralisação a falta de anestesista

Em entrevista a Rádio Difusora, o médico Carlos Valente destacou que o principal motivo para que a categoria tomasse a radical decisão foi à falta de um anestesista de plantão. Segundo ele, o problema teve início no dia 14 de novembro de 2008 quando eles receberam uma informação de que não havia escala de plantão completa em relação a anestesistas. A partir de então, em vários dias da semana não haveria este profissional no período da tarde, noite e finais de semana. “Continuamos dando assistência as gestantes das 07h00 às 11h00, quando havia o profissional responsável pela a anestesia. Já nos demais períodos nós não poderíamos internar as gestantes, pois agindo assim elas ficariam sob a responsabilidade dos médicos. Caso fosse necessário realizar uma cirurgia e não tivesse um anestesista, a responsabilidade toda cairia sobre o médico que estivesse trabalhando”, explicou. A partir de então, conforme garantiu, os médicos passaram a atender as grávidas no Pronto-socorro, transferindo para outras cidades os casos que necessitassem de cirurgia.
Para o entrevistado, não existe a falta de anestesistas no mercado, desde que o valor financeiro oferecido seja atrativo. “O hospital pagava o menor preço de toda a região e quando o valor foi adequado rapidamente foram contratados dois profissionais”, explicou o médico. Segundo Carlos, como os anestesistas irão começar a trabalhar somente na próxima segunda-feira, a categoria decidiu fechar a maternidade por não poderem trabalhar sem este tipo de profissional. “A maternidade não pode continuar até a semana que vem sem anestesistas. Por isso achamos por bem fechá-la e não internar ninguém para que as pacientes não corram qualquer risco”, justificou o médico. Para Carlos, este foi o ponto básico da suspensão aos atendimentos, porém outras questões também incomodam aos profissionais. O reclamante citou que já trabalha há 18 anos sem registro em carteira, salário, 13º salário, férias proporcionais, fundo de garantia e ganha a metade do que outros hospitais da região oferecem aos médicos. “Queremos apenas receber o que é pago em toda a região”, garantiu. O médico ainda alertou que não somente a maternidade necessita de anestesistas, mas todos os demais setores e citou o exemplo de alguém chegar esfaqueado e necessitar de cirurgia não poderá ser atendido. Em Araçatuba, Birigui e Lins, segundo o entrevistado, os médicos recebem R$ 500,00 pelos plantões de 12 horas e mais produção, enquanto que em Penápolis o valor oferecido, desde de 2003, é de R$ 250,00 pelo mesmo período. Até o fechamento desta edição a reunião não havia terminado. (SRF)

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