Corpe: Diretora do Daep explica coleta de lixo reciclável

DA REPORTAGEM

Desde a sua implantação, através da Cooperativa dos Recicladores de Penápolis (CORPE), que passou a oferecer melhores condições de trabalho às pessoas que catavam lixo no aterro sanitário, e aos munícipes, que tiveram uma nova visão sobre como separar o lixo doméstico do reciclável, a coleta seletiva é uma realidade em Penápolis.
Mas, mesmo com os avanços e aprendizados, ainda há muito que fazer, principalmente em razão de muitos, ainda hoje, não fazerem a coisa certa.
Ouvida pela reportagem do Diário, Vera Lúcia Nogueira, diretora administrativa do Departamento de Água e Esgoto de Penápolis, disse que não existem problemas de grandes proporções nesse trabalho dos catadores, sendo registradas algumas situações, pontuais, relacionadas ao acondicionamento de material não reciclável nos sacos destinados para esse fim. “Apuramos, até com certa freqüência, pessoas colocando papel higiênico dentro dos sacos. Isso não pode, esse tipo de material deve ser colocado juntamente com o lixo doméstico, em outro saco. Ele não é reciclável”, informou a diretoria, relatando que até animal morto foi colocado para a coleta do reciclável.

Material não reciclável
A reportagem também ouviu Marcos Vilanova, servidor do Daep que acompanha e coordena os trabalhos desenvolvidos pela cooperativa. Segundo ele, existem aqueles que colocam nos sacos materiais que, algumas vezes, até prejudicam quem está separando. “Um deles é o vidro quebrado que já cortou as mãos dos separadores. Isso não pode. É perigoso”, lamentou o coordenador. Indagado sobre o aparecimento durante a separação do material, capacetes de motociclistas, cocos, sapatos, chinelos, isopor, roupas, entre outros itens, Vilanova confirmou que isso acontece, mas alguma coisa pode ser aproveitada por quem trabalha no local. “O que não presta mesmo, temos que enviar para o aterro sanitário”, relatou. Diante desses fatos, é preciso que a população tenha consciência e faça a separação de acordo com o material.

Baias
A diretora Vera Nogueira disse que os atuais pontos de coleta vão receber novas baias para adequação do lixo reciclável. Os ecopontos são locais que auxiliam o Daep e a população darem destino final adequado aos resíduos sólidos (da construção civil, volumosos e verdes) além de contribuir com a coleta de recicláveis. Em Penápolis existem cinco ecopontos espalhados pelo perímetro urbano, todos com espaço suficiente para armazenamento dos resíduos sólidos. ”Estamos ampliando esse serviço, inclusive demarcando a área para construção de mais um, agora na região dos Bairros Santa Terezinha, Altimari”, informou.
Segundo ela, toda estrutura oferecida pelo município, através do Daep, não permite que as pessoas façam diferente do que é correto. Embora existam os ecopontos, munícipes ainda jogam lixo nas ruas, em praças e no terreno vizinho. Perguntada sobre um caso pontual de depósito de lixo em praça localizada no cruzamento das ruas Mato Grosso e Ceará, Vera informou que após as reclamações o departamento fez um trabalho direcionado naquela região, inclusive com panfletos, mas até então nada se resolveu. “São os próprios moradores que depositam o lixo ali”, garantiu a diretora Vera, explicando que “vai da consciência de cada um”, referindo-se ao acondicionamento correto do lixo.  Ela lembrou que a população tem à disposição coleta de lixo doméstico pelo menos três vezes por semana, além da específica para o reciclável, portanto “é lamentável que as pessoas ajam dessa forma”, lamentou.

Educação
O departamento, por muito tempo, exercita junto às crianças das escolas estaduais, municipal e particulares, a prática de ações que ajudem o meio ambiente. O Centro de Educação Ambiental, que faz esse trabalho, leva ensinamentos para as crianças, no sentido de fazer a coisa certa e a coleta do lixo, da forma correta, faz parte disso.

(Carlos Netto)