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CIDADE & REGIÃO

23/01/2024

Casal de Avanhandava constrói o próprio túmulo

Imagem/Divulgação
Detalhes Notícia
Tudo que está sendo utilizado na obra é feito a partir de materiais descartados pela população

Na área ampliada do cemitério de Avanhandava, o casal Wilson Sena e Marcos Cabrini se dedica à construção do próprio túmulo, que terá duas gavetas - a de cima será de Sena e, a de baixo, de Cabrini quando falecerem -, decoração interna e até espelho.
Outro detalhe: com exceção dos trilhos e lajotas, tudo que está sendo utilizado na obra é feito a partir de materiais descartados pela população. O casal está junto há 7 anos, quando se conheceram. O casamento em Avanhandava foi em 2018.

Economia
“É um trabalho de formiguinha. Por onde passamos e vemos algum material como tijolo, pedra, ferro, restos de piso, cimento, a gente recolhe e guarda para usar depois. Com isso, conseguimos economizar algo em torno de R$ 2,5 mil. A mão de obra também é nossa. Aliás, nossa casa, no centro, como você sabe Odair é toda construída com material descartado pela população e que muitas vezes vai para o lixo. Recolhemos, lavamos, reciclamos e damos o acabamento nos móveis e materiais. Agora, nosso empenho é construir nossa última morada”, disse Sena.

Acabamento
“A gente tem a ideia e vai colocando em prática para fazer o túmulo, que ficará com aparência bastante rústica. Estamos fazendo o túmulo do jeito que queremos e que gostamos e isso que é importante, além da economia de dinheiro. Já decidimos: quando eu morrer, ficarei na gaveta de cima e o Marcos na de baixo. A decoração interna é novidade. Pintei a minha de amarelo claro e a do Marcos é a marrom. Além disso, colocamos alguns detalhes dentro. Pretendo anexar os espelhos que ficarão no fundo de cada gaveta. Enquanto a tampa do túmulo estiver aberta, se uma pessoa olhar no reflexo, se verá nele e o recado será ‘o próximo pode ser você’”, completou Sena.

Cemitérios
Marcos Cabrini explicou. “Vamos recolhendo os materiais pela rua e fazendo o trabalho com paciência. Cada dia fazemos um pouquinho, sem pressa. A gente gosta de assistir reportagens de cemitérios antigos de outros estados. Então, na parte externa do túmulo tem pedras com crucifixo e pedras com vidros. O crucifixo de ferro, no alto do túmulo, para quem não entende ele é estilo barroco flor de lis. Pretendemos também colocar a imagem de Nossa Senhora Aparecida, de quem somos devotos e ainda um crucifixo”, destacou.
“Já nos criticaram, nos chamaram de malucos por estarmos construindo nosso túmulo. Mas, se sabemos construir, para que pagar para outra pessoa fazer? Vamos fazendo com a experiência que temos e força de vontade. Quando estiver tudo pronto, colocaremos nossas fotos com as datas de nascimento e aí só vai ficar faltando à data do óbito. Com isso, quando a gente morrer não vamos dar trabalho para ninguém, já estará tudo no jeito. Afinal de contas, aqui na terra ninguém escapará da morte. Quem quiser visitar o nosso túmulo, pode vir”, finalizou Marcos Cabrini. 

(Com Odair Vicente/AvaNews)

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