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CIDADE & REGIÃO

28/04/2024

Alto volume de importação de leite impacta produtores da região

Imagem/Divulgação: AI/SIRP
Detalhes Notícia
O presidente do Sindicato Rural de Penápolis, Dr. João Castilho, enfatizou a preocupação sobre a atual situação dos micro e pequenos produtores de leite

DA REDAÇÃO

No início do mês de abril, a Faesp – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, enviou um ofício ao governador Tarcísio de Freitas, ressaltando a urgência da adoção de medidas para viabilizar a recuperação da competitividade do produtor de leite paulista. O documento pede a adoção de medidas fiscais para proteger a cadeia produtiva e a revisão das políticas tributárias para identificar possíveis distorções que beneficiem as empresas importadoras de lácteos.
Segundo a Faesp, o alto volume de importação de leite em pó de países do Mercosul, em especial da Argentina e do Uruguai, impacta na formação do preço do leite em todo o Brasil, provocando a atual crise enfrentada pela bovinocultura de leite no Estado de São Paulo, com risco de a atividade entrar em colapso.
De acordo com a Federação, a manutenção de medidas de facilitação da importação enfraquece a produção nacional, incentiva a saída de produtores da atividade e ameaça a capacidade de desenvolvimento do setor. A Faesp explica que como o governo federal não tomou nenhuma providência para reduzir a importação de leite em pó, alguns estados estão tomando suas próprias iniciativas. 
No ofício, a Federação deixou claro que outros estados já tomaram medidas de suspensão de benefícios fiscais às empresas que estão importando o leite em pó, como decretos suspendendo benefícios fiscais por 90 dias, o que torna a importação de leite mais cara. Em Mato Grosso, um projeto de lei, que seguiu para sanção, retira as empresas que importam leite em pó de um pacote de benefícios naquele estado.
A nota divulgada pela Faesp informou ainda que São Paulo é responsável por 27% do volume de importações de leite em pó no País. O ofício também sinaliza a importância da normatização do subsídio de R$ 0,10 por litro de leite, para produtores de até 300 litros/dia, anunciada em fevereiro. 
O presidente da Faesp, Tirso Meirelles comentou sobre a situação. “Há uma crise no setor que é resultado da redução drástica do preço pago ao produtor nos últimos 12 anos, chegando hoje a patamares inferiores ao custo de produção. Junta-se a isso a importação desenfreada de leite em pó, o que pressiona ainda mais a produção nacional. Por isso, é necessário que o governo do estado revise sua política tarifária, para defender os produtores, em especial os pequenos e médios”, destacou Meirelles.

Impactos em Penápolis e região
Na cidade de Penápolis e na Comarca, os impactos do alto volume de importação de leite em pó de países do Mercosul já são sentidos. 
O produtor Osmar Domingues de Oliveira, que integra a Diretoria do SIRP – Sindicato Rural de Penápolis e atua no segmento há mais de 11 anos, comentou sobre o atual cenário da pecuária de leite. “Estamos enfrentando uma grande dificuldade na produção do leite devido as condições climáticas e a facilitação do governo para importar leite. Isso ‘encharcou’ o mercado e o nosso leite abaixou muito. A maioria dos produtores estão trabalhando no vermelho e vendendo leite a preço de custo. Eu já presenciei produtores vendendo o rebanho leiteiro, outros matando vaca gorda. Eu já assisti uma fila com 50 vacas leiteiras em plena produção de leite na fila do matadouro, aguardando o abate”, lamentou Oliveira.
Osmar destacou ainda que acredita na importância da mobilização dos produtores rurais com foco em reverter a situação. “É necessário que a classe se mobilize e exponha a situação aos nossos representantes para ver se tem como o governo recuar essa importação de leite. A atual circunstância vai acabar comprometendo a situação do nosso país, pois o leite é alimento. Os produtores do Brasil estão parando suas produções, hoje se encontra leite lá fora, mas isso pode mudar e será outro problema, já que para uma vaca leiteira produzir de fato demora cerca de três anos. Temos que correr contra isso enquanto ainda há tempo”, enfatizou Osmar.
Para o Presidente do Sindicato Rural de Penápolis, Dr. João Castilho, a situação também é considerada preocupante. “Os micro e pequenos produtores de leite estão acabando. Muitos deles estão tendo prejuízo e trabalhando no vermelho. Já temos relatos de vacas sendo vendidas para açougues. O Governo Federal está importando leite do Uruguai e da Argentina e prejudicando a produção do país. Estamos nos movimentando e brigando para reverter essa situação”, destacou Castilho.

Apoio aos produtores rurais
De acordo com o Presidente do SIRP, os próximos passos e novidades sobre esse assunto serão divulgados nos meios de comunicação da instituição. Os produtores rurais que precisarem de mais esclarecimentos podem contar com o apoio da equipe especializada do SIRP – Sindicato Rural de Penápolis. 
A sede da instituição está localizada na Avenida Expedicionário Diogo Garcia Martins, número 530, no centro da cidade. O telefone de contato do Sindicato é (18) 3652-1424.

(Com AI/SIRP com informações FAESP)

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