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ESPORTES

13/09/2018

O adeus do príncipe das Astúrias

Fernando Alonso, bicampeão mundial de F1 (2005 e 2006 pela equipe Renault) e três vice-campeonatos (2010, 2012 e 2013 pela equipe Ferrari) anunciou, em agosto, que no final da temporada 2018 de F1 irá se aposentar. Essa notícia representa o fim de uma era para os amantes do automobilismo já que o espanhol pode ser considerado o último piloto com personalidade da categoria, diferentemente dos garotos robóticos e politicamente corretos que vestem os macacões das principais escuderias. Alonso nunca teve medo de expor a sua opinião e até mesmo de assumir uma postura que colocava a sua própria equipe em uma saia justa. Na história da F1 sabemos que nunca é fácil conviver com os gênios dessa categoria, basta relembrarmos rivalidades históricas como a de Hunt e Lauda, Senna e Proust, ou a supremacia Schumacher que transformou seu companheiro de equipe Rubens Barrichello em um verdadeiro fantoche.  Mas, certamente foi o espanhol Fernando Alonso que escreveu as páginas mais polêmicas do automobilismo atual. Entram para a história dois fatos em que ele foi pivô de momentos importantes que vão além de pódios e títulos. Primeiro, o fato de o depoimento ter sido peça  chave no caso de espionagem que envolvia a McLaren e  representou a ruína do poderoso Ron Dennis.  Depois, a suspeita se ele tinha conhecimento do plano do Flávio Briatore, então dirigente da Renault, que deu a ordem para que o piloto brasileiro Nelsinho Piquet batesse no muro do circuito de Cingapura, esse acidente foi calculado com a finalidade de ajudar o espanhol a ganhar os pontos necessários para conquistar o campeonato, mas acabou  transformou Nelsinho e Briatore em personas non gratas na categoria. Fernando Alonso pode ser considerado o piloto mais genial e arrojado da categoria, mas nos últimos anos tem sido apenas um coadjuvante, já que a McLaren só tem conseguido desenvolver carros inexpressivos e por esse motivo somos obrigados a assistir ano após ano o troféu de campeão passar das mãos do Hamilton para as do Vettel e vice versa. No momento em que Fernando Alonso pendurar as luvas teremos a certeza de que o trabalho dos outros pilotos vai ficar muito mais fácil já que não vão encontrar mais dificuldades para fazer uma ultrapassagem e nas entrevistas vão poder dar as respostas politicamente corretas que treinaram nos cursos de media training. Com a aposentadoria de Alonso ficamos com a certeza de que na F1 atual as equipes não procuram gênios do automobilismo e sim robôs para guiarem os seus carros. 

por Karoline Verri Nunes é jornalista, pós-graduada em Comunicação Empresarial

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