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25/02/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagens/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Puritanismo – parte I

Antigamente a sociedade era mais puritana e não havia a liberalidade que vemos hoje. Quando eu digo puritana não quero dizer santidade, pois não havia santo nenhum, apenas beatas e santarrão. O que havia era respeito entre as pessoas, vergonha e medo de ser flagrado praticando algum ato desabonador. Havia estupros, abusos, traições conjugais, desfalque em empresas, subornos, corrupções, mas tudo em menor escala e escondido, e, tanto o agressor como a vítima, mantinham o maior sigilo por medo ou vergonha. Os filhos respeitavam os pais por educação ou temor, pois era uma época em que os pais mandavam os filhos, ao contrário de hoje que quem manda é o Conselho Tutelar, o traficante, a internet, whattssapp, etc... A palavra do pai ou da mãe era uma ordem a ser seguida. O povo era religioso, acreditava em santos e tinha pavor do fim do mundo, temor de Deus e um medo terrível do Diabo. As mulheres não usavam calça comprida e muito menos short. Diziam que eram roupas masculinas, inclusive, até hoje, algumas seitas religiosas ainda se utilizam desse procedimento. Fosse qual fosse a idade delas, de mamando a caducando, a vestimenta do dia a dia era os vestidos ou saias abaixo dos joelhos e comumente cobrindo boa parte das canelas. Hoje, as menorzinhas, as adolescentes, adultas e também as de mais idade, andam pelas ruas em trajes minúsculos mostrando a perna toda e não raro até o começo das nádegas, despreocupadas e sem o menor pudor. Mas, naqueles idos tempos não era tão fácil ver o corpo feminino. Blusa de alcinha ou de mangas cavadas, decote grande, vestido “tomara que caia” nem pensar, apenas as mais ousadas se dispunham a usar e raramente. O menino que tivesse a sorte de ver pelo menos os joelhos de uma mulher era invejado e considerado um privilegiado pelos colegas. O vento era um aliado masculino, porque levantava as saias e vestidos e os homens torciam por ele, mas as mulheres aprendiam a se defender dele desde pequenas e ficavam espertas quando estivessem ventando. A esperança era acontecer um vento súbito que surpreendesse alguma mais distraída. Nem entendidos no varal para secar era possível ver as roupas íntimas femininas. Elas eram lavadas a noite e secadas dentro de casa. As calcinhas era bem diferentes das de hoje, sendo o que podemos chamar de “calçoilas ou ceroulas”. Depois com o tempo foi que diminuíram de tamanho e se tornaram minúsculas tapando só o estritamente necessário e ultimamente sofreram outra modificação, pois antes as mulheres colocavam o bumbum dentro da calcinha e hoje elas colocam a calcinha dentro do bumbum. Como eu disse, a molecada e os homens em geral, não tinham essa regalia toda de hoje. Além de depender da benevolência do vento ou de uma distração da mulher, era preciso achar outras alternativas. Aqui em Penápolis a molecada da Vila Fátima descobriu uma maneira de ver as calcinhas, ou melhor, as calçoilas ou as pernas femininas. A ponte sobre o Córrego Maria Chica, na rua Irmãos Chrisóstomo de Oliveira era de madeira e havia muitas brechas entre as vigotas e o rio era limpo e com bom volume de água. Foi formado um grande “poção”, bem embaixo da ponte e era ali que a molecada se reunia para tomar banho, muitos pelados. Quando se aproximava uma mulher todos ficavam bem quietinhos na esperança de ver “algo”, já que as mulheres só usavam saias ou vestidos, só que elas, as mulheres, as vezes desconfiavam da trama e cruzavam a ponte quase correndo. Para a felicidade de alguns, as vezes o plano dava certo e eles se consideravam privilegiados. No próximo artigo a continuação desse assunto. 

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