Classificados

VÍDEOS

Residência pega fogo em Penápolis
Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

ESPORTES

10/06/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: Fauna brasiliense

Recentemente a televisão mostrou uma onça andando bem tranqüila pelos arredores da cidade de Brasília. Após ser flagrada por populares, sumiu no cerrado que é de onde ela veio. Esse aparecimento não é nenhuma novidade, pois em muitas cidades de praticamente o Brasil todo, tem ocorrido fatos semelhantes, com várias espécies. Os animais estão sendo pressionados pelo predador humano que dia após dia vai avançando e destruindo o habitat deles, sejam florestas, cerrados, pântanos, brejos e rios. Em nome do “progresso” (leia-se ganância por dinheiro), tudo vão derrubando e os animais se vêem obrigados a procurar outro abrigo. Poucos conseguem, já que a maioria morre e outros vão para a cidade, onde são caçados e mortos. Um ou outro ainda consegue um lugar para morar no Jardim Zoológico e outros vão parar em jaulas ou gaiolas apertadas, ou então, ficam acorrentados em casas particulares. Raramente os mais felizardos são capturados e soltos nas raras reservas florestais. No caso da onça em questão, ela foi reconhecida como tal, mas lá mesmo na cidade de Brasília, precisamente no Senado e na Câmara dos Deputados, também existem outras espécies da fauna brasiliense. Só que essas espécies são muito dissimuladas e só são descobertas quando aprontam alguma “arte”. Se mimetizam tão bem usando vários disfarces, sendo que alguns usam bigode, outros usam barba e já outros são carecas. O que mais tem são raposas velhas, que pelo motivo de estarem ali há bastante tempo, são conhecidas como raposas dinossauro. São famosas pela astúcia e lábia, pois bolam e rebolam planos, conchavos, concessões e troca de favores, justificando sua longevidade, e por tudo isto ocupam postos chaves no governo, presidência de estatais e ganham ministério, do qual nunca ouviram nem falar. Geralmente suas ninhadas também são beneficiadas e isto tende a perdurar por várias gerações. Tem também os ratos, que não gostam muito de aparecer, já que para a própria sobrevivência da espécie, é fundamental ficarem escondidos. Diz a lenda que eles só se alimentam de dinheiro e isso faz com que ataquem qualquer verba que circular incauta pelos corredores do Senado ou Câmara. Quando atacam, não se contentam em dar aquelas mordidinhas só para assustar e sim arrancam grandes nacos, fazendo com que a coitada da verba, quando chegar ao seu destino (se chegar), estará deformada, amputada e irreconhecível. Tal qual a raposa, também está esparramada em vários setores. Outra espécie encontrada é a cobra. Esta espécie não é de pegar nada dos outros e quando pegam se contentam com pouco. O passatempo dela é aprontar com os colegas, principalmente se forem de outras espécies e também com os eleitores. Dizem uma coisa hoje, amanhã já falam outra, dizendo que não se lembram do dito anteriormente. Prometem colaborar em alguma empreitada, mas quando a coisa fica séria, deixam o parceiro falando sozinho. Lá também já foram vistos alguns leões. Eles roncam grosso, ameaçam fazer isso e aquilo, dizem que fazem e desfazem, mas no final se revelam serem leões banguelas de circo, que comem mingau na mão dos empreiteiros e demais empresários, que são quem dão as ordens. Onde tem ser vivo, também tem os parasitas grudados nele. Seja de que espécie for o hospedeiro, os tipos de parasitas são todos iguais. Também são conhecidos como “puxa-saco” ou “pau mandado”. Não pensam em si próprio, pois devido a uma estranha adoração ou quiçá uma lavagem cerebral, fazem tudo o que seu mentor mandar. Vão a entrevistas no rádio e lá na televisão tomam as dores dos acusados e tentam defender o indefensável. Além destas espécies aqui descritas, ainda há outros em menor número, mas também muito perniciosas. Já deu para entender que todas são prejudiciais ao Brasil e teriam de ser extintas, só que os métodos até hoje utilizados (CPI, cassação de mandato, etc...) estão se revelando ineficazes. A única arma realmente eficaz é o chamado voto popular. Esta sim é uma arma poderosa, mas o problema é que ela esta na mão de quem não sabe usá-la corretamente, o povo. Quando o povo aprender a usá-la ou manuseá-la, aí sim estas espécies nocivas serão eliminadas. A foto que ilustra a coluna hoje é da equipe do Fátima – ano 2018. 

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS>

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade