Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

ESPORTES

04/06/2017

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: UM DESEJO ABORTADO

Há tempos atrás apareceu um rapaz lá em nosso campo, na Fenapen, que ficava assistindo nossos jogos e seus olhos brilhavam de vontade de jogar. De vez em quando havia algum treino aos sábados ou mesmo durante a semana e aí sim ele participava. Não demorou muito e logo foi feito um convite a ele para fazer parte da equipe e participar dos jogos. No começo ele ficou sem graça e não aceitou, não revelando, porém, o motivo da recusa. Devido aos vários anos lidando com jogadores dos mais variados perfis, eu sabia que só podia haver dois motivos principais, que eram a igreja ou a esposa, não necessariamente nessa ordem. Os adeptos de uma igreja devem chegar ao seu templo, aos domingos, em um horário tal que não permite a eles acompanharem a equipe em jogos em outras cidades. Já no caso das esposas, tem mulher mandona, cricri, que mantém o marido na rédea curta, na maior obediência, sendo que ela reza “o pai nosso” e ele só fala “amém”. Já encontrei muito jogador bom de bola e de amizade, mas impedidos de ter uma carreira até boa ou passar algumas horas de um bom lazer devido a estas duas situações ou pelo menos uma delas. Enfim, o nosso personagem confessou que realmente a sua esposa tinha determinado um rígido horário para ele chegar em casa, por isso, ele não ficava até o fim dos treinos ou dos jogos. Qualquer atraso era motivo de represália. Conversa vai, conversa vem, com a amizade já reforçada, eu falei a ele que tinha lido em uma revista um pouco da vida familiar de uma comunidade que habitava uma ilha do Oceano Pacífico. Naquela ilha, de vez em quando os maridos se sentam em uma cadeira, colocam suas mulheres de bruços sobre as pernas deles (no colo), erguem suas saias e dão algumas chineladas em seu bumbum. São batidas bem leves e com um chinelo feito de fibra de coco, que é macio e não dói nada. É um ato simbólico para mostrar quem manda na casa e eu sugeri a ele que fizesse o mesmo. Depois daquela conversa ele sumiu do mapa não dando mais as caras lá no campo e só após alguns dias depois eu fiquei sabendo, através de outros colegas, o que acontecera. Ele tinha chegado em sua casa e disse a sua esposa que naquela tarde iria jogar para a equipe do Fátima. Naturalmente que ela negou e durante minutos ficou aquele teima de “eu vou, você não vai”, e então, ele sentou-se em uma cadeira e pôs, com uma certa dificuldade, a mulher de bruços em suas pernas tal qual os ilhéus do Pacífico e como não tinha um chinelo de palha de coco à mão, pegou seu Rider 44 e se preparou para o ritual, mas ao abaixar a calcinha dela, ele olhou, olhou e tornou a olhar e devido a paisagem que viu, logo mudou de idéia e então disse: “o Marião que me desculpe e arrume outro jogador para por em meu lugar, porque hoje eu vou é ficar em casa”. Eu acho que ele gostou tanto da sugestão que não voltou mais ao campo, ou então a experiência funcionou ao contrário, ou seja, agora é ele que apanha no traseiro para não esquecer quem continua mandando em casa. 

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS>

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade