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02/09/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Memórias do Carboni: Miro Treme-Treme

Seu nome era Valdomiro Scarso, mas, tinha o apelido de Miro Trem-Treme devido a um pequeno tique nervoso que lhe dava a citada característica. Jogou na equipe do Fátima Futebol Clube durante alguns anos, juntamente com seus irmãos Baixinho e Zequinha. Também participou de muitas acampadas nas matas e passeios ciclísticos pelas estradas da região. Como eu já escrevi em outro artigo, ele também participou do grupo de colegas que foram fazer uma consulta exotérica com um tal de professor Saul, recém-chegado à cidade de Penápolis e que se intitulava especialista em assuntos do além e apto a atender qualquer pedido e satisfazer a necessidade de todos que o procuravam. É claro que esta visita que fizemos foi mera curiosidade e serviu mais para divertimento, já que íamos regularmente ao congado do Chico Pinga. No quarto onde fomos atendidos havia um altar com dezenas de imagens de santos reais ou imaginários da tradição cristã e também de muitos orixás e a frente deles havia uma fileira de velas brancas. Quando o professor Saul iniciou sua reza, as velas começaram a estalar e o Miro tremia na mesma intensidade das chamas delas, que não eram poucas. O Tarzã, que também estava presente, desandou a dar risada, fazendo com que o professor alertasse os dois dizendo que se eles não se comportassem de acordo com a exigência do evento, ele seria obrigado a suspender os trabalhos. Mesmo não sendo atendido em suas advertências, isto é, o Miro tremendo e o Tarzã rindo, ele prosseguiu até o fim. Um outro caso envolveu o Miro e o Tarzã já tinha acontecido alguns anos atrás, mais precisamente no dia 13 de fevereiro de 1997, domingo de carnaval, quando fomos de trem jogar na cidade de Ribas do Rio Pardo, no Estado de Mato Grosso do Sul, e eles fizeram parte da comitiva. Esta viagem eu já narrei em outro artigo, mas no final eu explico o porque desta repetição. Pois bem, naquela ocasião, após uma longa viagem noturna de dez horas de duração, chegamos a cidade de Ribas por volta das 5h00 da manhã, enquanto os moradores ainda dormiam. Como tínhamos levado alguns instrumentos de percussão (bumbo e caixas), o Miro e o Tarzã fizeram um pequeno barulho com os mesmos, e, depois sossegaram quando fomos tomar banho em um riacho e logo após fomos encaminhados até uma escola para descansar um pouco da viagem e esperar o almoço e o jogo. Mais tarde, já no campo, nossos dois colegas apareceram assustados e segurando os instrumentos. Ficamos sabendo então que eles tiveram a idéia de dar algumas voltas pela redondeza batendo nos instrumentos e que tinham levado um “carreirão” da molecada local que não gostou nem um pouco da “música” que os dois estavam tocando e muito menos toparam com as caras deles. Na verdade o som não era nada agradável e convenhamos também que suas caras não eram lá essas maravilhas. Como ficaram perto de nós e pararam de fazer barulho o “perigo” passou. Como eu disse no começo, eu repeti algumas passagens do Miro porque ele faleceu no último dia 22 de junho, com 56 anos de idade. Ele se foi, mas, suas histórias e lembranças ficaram. A foto foi feita em frente a escola onde ficamos alojados lá em Ribas. A direita está o Tarzã (Careca) e o Miro (Cabeludo). 

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